A Morte

domingo, 11 de junho de 2017

Bom dia! :-)

Pois bem, sempre que temos dois (ou três, ou quatro...rs) Arcanos Maiores seguidos, além da interpretação tradicional, relacionada ao significado do próprio Arcano e ao tema tratado no dia da semana em que ele aparece, também temos aí um terceiro caminho: a interpretação da mistura de energias dos Arcanos Maiores que surgem na sequência.

Em termos práticos, hoje temos: a carta da Morte como Arcano do Dia, a carta da Morte em um dia de Sol, em que os temas principais são o autoconhecimento e o trabalho interior e o resultado final de Imperatriz + Morte que vai reger o novo ciclo.

Então vamos lá...

A carta da Morte é, tradicionalmente, o Arcano da transformação do tarot. Isto significa que ela anuncia um processo de mudança que costuma começar por dentro e a partir daí se expande. O agente transformador deste processo somos nós mesmos (ao contrário do que acontece com a Roda da Fortuna, cujo agente transformador é externo). Mesmo que não tenhamos total consciência do nosso papel neste processo de transformação, é certo que ele começou dentro e não fora. Portanto, estamos diante de uma situação de transformação, mudança, um momento em que é preciso deixar para trás aquilo que não nos pertence mais, aquilo que não faz mais sentido, para poder deixar nascer aquilo que é a expressão da realidade hoje.

Como estamos em um domingo de regência solar, este efeito transformador do Arcano 13 está apontado diretamente para cada um de nós e da maneira mais profunda. Sim, porque domingo é dia de autoconhecimento e trabalho interior, então a primeira pergunta a se fazer é: o que em mim está clamando por transformação? Que parte de mim está morrendo para que outra parte possa nascer? De quais hábitos e identificações devo me desapegar para que meu novo eu se manifeste livremente?

E como ontem tivemos a Imperatriz marcando presença, podemos dizer que o novo ciclo da egrégora do Via Tarot está sendo regido por uma mistura de Imperatriz + Morte, o que, de fato, é muito engraçado...rs Vejam: a Imperatriz é uma carta que fala de vida, nascimento, fertilidade... enquanto a carta da Morte, como o próprio nome diz, fala de morte, transformação, renascimento. Como interpretar isso? Bem, de várias formas, vou dar alguns exemplos.

Ontem, pode ser que algo tenha nascido e hoje tenhamos que abrir mão de alguma coisa para que este algo, de fato, se desenvolva e cresça. Pode ser que a fertilidade de ontem só possa trazer nascimento real se transformarmos algo em nós. Pode ser que estejamos lidando com um processo de morte/renascimento. Pode ser que a criatividade e a capacidade de manifestação de ontem tenham sido bloqueadas (o sentido de corte da Morte) e precisamos descobrir o porquê. Pode ser que o que nasceu ontem tenha que ser dado ao mundo e não guardado somente para nós e por isso o exercício do desapego do Arcano 13.  E uma pergunta para todos nós: o que está pronto para nascer e que preferimos "matar" ou sufocar, porque preferimos manter a zona de conforto intacta?

Com tanto questionamentos, creio teremos o que fazer neste domingo...rs

Que o Sol nos ilumine!

A imagem veio daqui

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