O brilho está dentro

sábado, 12 de abril de 2014

Em um dia em que o brilho da Estrela nos ilumina, aproveito a carona para transcrever aqui parte de uma mensagem enviada a uma cliente, resguardando, claro, sua privacidade e seu anonimato .

Faço isso porque o que escrevi ilustra bem a maior parte dos relacionamentos afetivos problemáticos que já conheci, inclusive os meus (rs), e a solução está no foco do nosso brilho interior, nosso contato com a Divindade que existe em nós.

Pois bem, cá está! :-)

Os processos mais dolorosos que temos na nossa vida (fora doenças nossas e de pessoas queridas e morte de pessoas queridas), costumam ser de relacionamentos afetivos. É claro que existe uma parte dessa dor que acontece mesmo, deve ser sentida, vivenciada, como um luto... para que depois possamos nos renovar. Mas eu diria que a maior parte desta dor não precisa acontecer.

Costumamos colocar muita expectativa no outro, especialmente a expectativa da nossa felicidade. Acredite, nesse sentido, de fato, não podemos acreditar em ninguém. Porque ninguém pode ser responsável pela nossa felicidade, a não ser nós mesmas. Isso acontece porque não somos completas e íntegras em nós mesmas, criamos vínculos de dependência com o outro, criamos uma ideia de que não temos como encontrar a felicidade a não ser através do outro.

Enquanto pensamos assim, realmente, é muito difícil evitar as dores. Agora, o mais interessante é que, muitas vezes, é quando absorvemos essa verdade - de que a felicidade está dentro e não fora - quando nos tornamos livres, independentes e realizadas em nós mesmas (desenvolvendo o amor próprio através do auto cuidado, encontrando uma carreira profissional realizadora, descobrindo talentos e habilidades que podem ser expressos de diversas formas, tendo uma vida social enriquecedora, compartilhando momentos com familiares e amigos de forma harmoniosa e amorosa, etc... etc...), que aparece o relacionamento amoroso ideal ou o parceiro que está ao lado "adormecido" pelos anos de convívio desperta. Porque passamos a atrair pessoas que estão nesse mesmo nível de vibração, nesse mesmo estágio de vida, nessa maturidade e realização pessoal.

Aí eu falo aquilo que comento sempre no blog: é fácil? Não! Mas é simples... É simples de entender e é claro o que se deve fazer, no entanto, é difícil sair da nossa forma de pensar e sentir as coisas, do nosso condicionamento anterior. Certa vez uma cliente me disse: "mas como é que eu não vou ficar pensando nele o tempo todo?" Resposta: "pensando em outra coisa que te faça bem". Vê... É simples, o que não quer dizer que seja fácil.

De um modo geral (e eu me incluo nisso com toda certeza), temos a tendência a colocar no outro a culpa do fracasso da relação. Mas precisamos entender o relacionamento afetivo como uma criação resultante da energia de duas pessoas. Se ele é bom ou ruim, se ele perdura por anos ou se acaba de uma hora pra outra, cada um tem 50% de responsabilidade por isso. Responsabilidade quer dizer contribuição para que a relação seja do jeito que é. E a contribuição se dá através de: atitudes, pensamentos, sentimentos, palavras e silêncios (aquilo que não falamos, mas vibramos em todas as nossas células, resultante do condicionamento que trazemos de família, de outros relacionamentos ou de outras existências, para quem acredita nisso).

Existem algumas pistas que são boas para fazer uma análise da nossa vida afetiva: observe se acontece na sua vida a repetição de problemas de relacionamento... Se você se sente sempre do mesmo jeito, como se trocasse o personagem do outro lado, mas todos eles fazem com que você se sinta na mesma situação. Perceba se está sempre esperando algo que nunca chega, buscando alguém que não existe, se sentindo perseguida e/ou rejeitada e/ou desvalorizada e/ou ignorada. Quando essas coisas se repetem em relacionamentos diferentes, podemos concluir que a única coisa que há em comum em todas as relações somos nós, então é provável que dentro de nós esteja a chave para solucionar isso.

É bom prestar atenção em um fato: não é coincidência que algumas pessoas tenham "sorte" no amor e outras não... E nem se trata de sorte, mas, na verdade, é como um rádio que pega melhor as frequências e outro rádio que faz mais barulho, chiado, do que toca música. Às vezes, a pessoa passa pela vida só com chiados amorosos... Provavelmente, existem condicionamentos bem negativos em relação à vida amorosa dentro dela. Outras vezes, ela alterna chiados com música limpa, som maravilhoso. É preciso descobrir o que causou a oscilação, para que ela não aconteça mais. De qualquer forma, por mais doloroso que seja, é fundamental a percepção de que tudo que nos acontece, inclusive na vida amorosa, é resultante de algo que existe em nós - consciente ou inconscientemente, que fique claro - e a melhor notícia de todas é que: se está dentro de nós, temos poder de melhorar, mudar, transmutar. Então, mãos à obra!

Um comentário:

Vinícius Dalí disse...

Que "coincidência" ler isso aqui...

Só deixando minha contribuição:

https://www.youtube.com/watch?v=yAr282vWFCQ
O Amor é a Lei. Mas Amor sob Vontade.