A Morte

sábado, 3 de fevereiro de 2018

Bom dia! :-)

A mudança não é somente de ciclo, levando-se em conta que o Arcano de hoje fala mais profundamente de mudanças e transformações. Então, começo a reflexão de hoje falando de um conceito que engloba todas as cartas do tarot que falam, de alguma forma, de mudanças.

Vejo com frequência pessoas torcendo o nariz para a carta da Morte (da Roda, da Torre e até do Julgamento), creio eu, porque o ser humano é muito resistente às mudanças. Mas esta tendência acontece porque se parte do princípio de que tudo está ótimo e perfeito e que mudar significa sair desta maravilhosa de conforto. Então eu pergunto: quando é que tudo na vida está ótimo e perfeito? A não ser que eu seja um ser muito estranho e nem estou sabendo, minha resposta é: nunca! E acho que isso serve para todo mundo.

Minha primeira reflexão é: será que a zona de conforto parece perfeita porque já conhecemos todos os problemas envolvidos e preferimos as coisas desagradáveis que já conhecemos do que novidades ainda desconhecidas, sejam elas boas ou ruins?

Analisando o momento presente de uma forma bem particular, posso dizer que apesar de muitas coisas estarem ótimas na minha vida, existem outras que eu - de verdade - gostaria que estivessem diferentes. Então, porque não focar toda a energia da Morte neste pontos que precisam ser transformados?

Isso vem sendo um aprendizado de uma vida inteira para mim! Toda vez que uma carta de transformação aparece, ao invés de me apegar desesperadamente a tudo que está bom, com o medo da perda, direciono tal energia aos pontos que precisam ser mudados, aspectos que me desagradam. Com isso percebi que manter o que está bom exige menos esforço do que transformar o que está ruim e ao invés de choramingar por sair da zona de conforto, me empenho positivamente nos processos de mudança.

Isso me faz lembrar que nunca gostei muito de "pra sempre" e "nunca mais", mas por alguma estranha característica pessoal, acho que o "pra sempre" é mais assustador do que o "nunca mais". Talvez porque "pra sempre" seja uma prisão e "nunca mais", mesmo que não tão ideal, abra espaço para outras coisas, outras possibilidades. Para melhor entendimento, vou exemplificar no assunto mais queridinho de leitores e clientes: se eu penso "vou ficar com esta pessoa para sempre...", imagino que isso inclui depois das reticências "mesmo se não quiser mais..." ou "mesmo se estiver infeliz..." ou "porque não tenho outra alternativa..." E quando eu penso "nunca mais vou ficar com esta pessoa..." depois das reticências pode vir "porque este ciclo se encerrou..." ou "e pode surgir outra que eu goste mais, que goste mais de mim...." ou "e sempre haverá alguém com quem eu possa me relacionar de uma forma gratificante, esta não é a única/última pessoa bacana do mundo".

Somente agora, relendo este parágrafo anterior, percebi o tanto de energia da Morte que está aí. A carta da Morte expressa um tipo de transformação que permite (e estimula) um poder muito grande, o poder de consciência do processo que está se desenvolvendo e o entendimento da sua razão de ser.

Espero que o sábado seja transformador e traga crescimento, amadurecimento e aquela capacidade (linda) de renascer.

A imagem veio daqui

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