8 de Espadas

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Bom dia! :-)

Pois então, a carta pode não ser das melhores, mas a imagem tá linda, né? :-) A isso se chama: administrar crises através da beleza! rsrsrs

Ontem, eu conversa com o sócio sobre alguns processos que venho passando esses dias, resultantes da depuração dos florais alquímicos que estou tomando. Depois de uma boa choradinha e um bom desabafo de "estou cansada, não aguento mais isso!", algo aconteceu dentro de mim... A cada pensamento ou sentimento ruim que me invadia eu olhava e pensava "dane-se!", "e o que eu posso fazer?", "se eu já fiz tudo que era possível, não há mais nada a fazer!" Ou seja, eu parei de lutar contra os pensamentos e sentimentos que me torturavam, parei de gastar energia à toa com isso. E de repente veio uma crise de riso! Quem visse de fora ia me internar, com certeza! Ainda bem que meu filho estava na sala, falando no telefone com o pai dele...rsrsrs

Pois bem, o pior inimigo está sempre dentro de nós. Sempre! E o pior tipo de inimigo é aquele que se esconde e não mostra a cara, não se apresenta de uma vez. Podemos chamá-lo de mente do predador de um modo mais genérico, mas ele pode ser uma memória negativa que ficou presa em algum lugar dentro de nós, causando muita dor, mas sem se identificar.

No naipe de Espadas temos muitos exemplos desse tipo de inimigo. A mente mente. Todo mundo já sabe disso... Mas talvez nem todos saibam o quanto ela pode ser traiçoeira. E menos pessoas ainda percebam que nós não somos a nossa mente, apesar de ela tentar nos convencer disso.

No 8 de Espadas temos a mente do predador no seu aspecto dúvida. E não estamos falando somente daquela dúvida mais simples e básica, do tipo: devo fazer isso ou não? É algo bem mais profundo e difuso. É uma dúvida que envolve o que somos. Por isso ela fica pairando no ar e ao mesmo tempo nos subterrâneos, e nos deixa sem rumo e sem vitalidade.

Pior do que ficar em dúvida, é ficar perdido. E pior ainda do que ficar perdido, é não ter forças pra se encontrar. Para superar esse momento difícil, uma boa opção pode ser exatamente o contrário do que qualquer um imaginaria: soltar a corda. Como assim? Soltar a corda quer dizer, não fazer resistência, largar pra lá... Prestar atenção na borboleta que voa, nos morangos silvestres à beira do caminho e assobiar uma velha canção de amor! :-)

Quando a verdade se perder de você, ao invés de sair procurando por ela em desespero, simplesmente se concentre naquilo que quer se mostrar pra você. Tudo que se mostra pra gente tem algum sentido e alguma razão de estar ali. Pode não ser a verdade que buscamos, mas pode ser uma solução para encontrá-la.

É isso... Que a Estrela me ajude! rsrsrs

Ótima quarta-feira para todos nós! :-)

A imagem veio daqui

2 comentários:

Anônimo disse...

"Aquilo com que não podemos conviver, não nos deixará ser inteiros"

Sob os auspícios da Estrela poderemos ver o que nos levou ao desgaste do 10 de paus ontem com este 8 de espadas de hoje, pois este arcano implica no enfrentamento da sombra, é Buda lidando com Mara, e é interessante que uma carta de espadas como o 8 de espadas marque o dia de celebração do festival Wesak, data que marca a iluminação do Buda Gautama Sakyamuni.

O ensino do Buda é essencialmente um ensino voltado para nos tornarmos senhores da mente (espadas) e este caminho se desenvolve através do que é conhecido como caminho do meio ou nobre caminho óctuplo:

Agora, bhikkhus, esta é a nobre verdade do caminho que conduz à cessação do sofrimento: é este Nobre Caminho Óctuplo: entendimento correto, pensamento correto, linguagem correta, ação correta, modo de vida correto, esforço correto, atenção plena correta, concentração correta."
-- SN LVI.11

Enfrentar a própria sombra é a tarefa fundamental no caminho do auto-conhecimento. Não há Tarô, não há caminho de auto-descobrimento sem a sombra.O problema é que projetamos nossa sombra nos outros e assim nos tornamos incapazes de ver a nós mesmos. O desafio é perceber o outro como um espelho de nós e assim descobrirmos aspectos ocultos de nós mesmos que nos colocam em contradição, confusão, dúvida e incoerência.

"O ser humano é uma casa de hóspedes.
Toda manhã uma nova chegada.
A alegria, a depressão, a falta de sentido, como visitantes inesperados.
Receba e entretenha a todos
Mesmo que seja uma multidão de dores Que violentamente varrem sua casa e tira seus móveis.
Ainda assim trate seus hóspedes honradamente.
Eles podem estar te limpando
para um novo prazer.
O pensamento escuro, a vergonha, a malícia, encontre-os à porta rindo. Agradeça a quem vem,
porque cada um foi enviado
como um guardião do além" - Rumi.

Sinto muito, me perdoe, te amo, sou grato.

F.A.

Unknown disse...

Por falar em sombra, me apareceu aqui um aspecto tratado nos comentários do ´´ultimo 7 de paus que passou por aqui. Meio tarde, mas quis partilhar com vocês:
http://www.youtube.com/watch?v=r-U-4p0aH4E