sábado, 31 de março de 2018
Bom dia! :-)
Ainda em ciclo de Sacerdotisa, vejamos agora o que se acrescenta de energia hoje na nossa caminhada: estamos em transição. Provavelmente, esta transição será suave, profunda, em direção a um espaço de sabedoria e espiritualidade.
O 6 de Espadas fala de um movimento, metaforicamente, de uma margem para a outra do rio. Saímos de uma zona de conforto, algo que já conhecemos, para um outro lugar novo, onde ainda não chegamos e sobre o qual nada sabemos. Todas as dúvidas, questionamentos e expectativas estão presentes.
Diante disso, o que deve ser levado em conta?
Em primeiro lugar, administrar a ansiedade. Em segundo lugar, estar no aqui e agora, vivenciar o momento presente sem colocar uma expectativa exagerada no que está por vir. Por outro lado, não se apegar demasiadamente ao que já passou.
Tudo isso deve acontecer dentro de uma caminhada que tem por característica a percepção mais sutil, a intuição, a fala consciente (hoje, vejo o silêncio da Sacerdotisa muito mais como uma fala consciente, do que a mudez absoluta). Podemos concluir, então, que estamos em um processo de transição evolutivo.
Por aqui, todo este processo está muito claro em função dos meus estudos de Constelações Familiares. Questões que eu já tinha notado mas não mudado de postura e outras questões que nem tinha me dado conta. Como é importante enxergar e perceber de forma clara o que existe dentro de nós e a interação do eu com o outro!
Uma coisa que eu tenho notado, de uns tempos pra cá, é que a forma que eu decidi levar a minha vida é a grande responsável por todas as mudanças positivas que vêm se apresentando pelo caminho. E que forma seria esta? É simples (apesar de nem sempre fácil): tudo, absolutamente tudo, que acontece comigo tem como causa a minha própria forma de ser, sentir, pensar, agir. Parei de apontar o dedo para os outros e passei a me empenhar em descobrir o que em mim permite que essas coisas aconteçam. Consigo fazer isso rapidinho e com total tranquilidade? Nem sempre... Mas continuo me esforçando.
Um dos meus maiores desafios é o incômodo. Sim, sou bem "incomodada" em relação ao comportamento dos outros. Mas que outros são estes? Graças aos deuses todos, pelo menos são somente os "outros" com quem tenho relacionamentos muito próximos, o que já é uma evolução...rs Isso acaba restringindo a possibilidade de incômodo à família, relacionamento afetivo e amizades muuuuito especiais. Menos mal, porque vejo gente por aí que se incomoda até com postagem no Facebook de pessoas que nem se conhece pessoalmente. E mesmo assim, tenho me incomodado cada vez menos, até mesmo com essas pessoas tão queridas e próximas.Mas pra isso eu precisei antes mudar outra coisa dentro de mim: a mania de querer resolver os problemas de todo mundo, a mania de achar que a forma como eu faço as coisas é a melhor que existe e o peso da obrigação de ter que acudir todo mundo, a todo momento, até mesmo quando eu é que estou precisando ser acudida. Portanto, isso também inclui tanto não interferir quanto saber dizer não quando me pedem interferência e eu não estou disposta.
Uma coisa muito interessante na relação com as pessoas é a crença de que temos obrigação de ajudar e fazer coisas por quem amamos o tempo todo. Isso não é verdade. Não temos esta obrigação! É bom ajudar os outros? Sim, se for bom pra você. Se você se sentir bem e confortável com isso. Porque ajudar alguém enquanto amaldiçoa seus dias ou se sentindo sugada, usada e abusada, é terrível e não deve ser feito. Muito do incômodo, da crítica e do julgamento que fazemos em relação aos outros é resultante do "trabalho" que essas pessoas nos dão. A partir do momento em que o outro age de uma forma que (segundo você) é errada, mas você não se sente obrigada a ir lá consertar a besteira que o outro fez, tudo fica muito mais leve.
Esses são aprendizados diários, que passam pelo 6 de Espadas, ou seja, exigem um período de transição, um processo entre perceber, se trabalhar interiormente e conseguir colocar em prática.
Que o sábado seja uma transição pacífica e produtiva para um lugar melhor.
A imagem veio daqui
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