Apesar da correria no trabalho, hoje foi um dia em que tive vários insights, muitos deles resultantes de conversas que andei tenho com o Fábio (Donaire), sobre questões espirituais, e com a Patrícia (Farias), sobre astrologia. Todos que estão no Facebook certamente já leram algo sobre um período difícil com Vênus retrógrado ou algo assim. Parece que estamos vivendo momentos astrologicamente tensos especialmente para os relacionamentos, sejam compromissos amorosos ou não... Mas meus insights, que se iniciaram nesses temas conversados, debatidos, acabaram se largando na estrada e ganharam o mundo. Foram além.
Não sei se existe alguma explicação astrológica para tudo isso, porém o que estou dizendo, não digo sem razão... É resultado de experiências vividas, percebidas, ouvidas, intuídas. E tudo isso de uma forma tão profunda e sutil que foi absorvida pelo meu corpo e, creio, pela minha alma. Portanto, vou escrever aqui da forma que me chegou, como um ditado ao pé do ouvido. Sem pausa para racionalizar ou questionar.
Estamos vivendo um tempo de loucuras. São loucuras diversas ou uma loucura só em seus diversos aspectos, não sei ao certo. Mas é preciso tomar cuidado a todo momento. Cuidado com o que se ouve, pensa, sente, cuidado com o que se faz e como se reage diante da ação dos outros. Eu diria que neste momento estamos vivendo com um 7 de Copas de pano de fundo, mas ele não está sozinho! Temos também o Julgamento, com suas revelações, temos o Diabo com as armadilhas, ao mesmo tempo temos o Sol a nossa disposição, com toda a luz disponível. Temos muita coisa. Esta é a questão: temos muita coisa!
Muitos estão mais sensíveis e, de fato, muito do que se sente é a mais pura realidade. A primeira pergunta é: o que se faz com a verdade? Muitas vezes, estamos quietos, sossegados e uma verdade cai no nosso colo, de forma brusca. Aquela situação em que nem queríamos saber a verdade, não estávamos por aí procurando, mas ela vem, a galope, em nossa direção. Ok... Mas o que fazemos com isso? Com esta informação? Ela nos coloca diante da realidade, uma realidade que, no fundo, já sabíamos, mas não queríamos olhar porque senão teríamos que tomar uma certa providência. Por outro lado, e se esta percepção for uma enorme ilusão (por isso citei o 7 de Copas)? E se estivermos somente alimentando nossas emoções ou nossos pensamentos, criando situações fantásticas? São tantas dúvidas... Até porque - confessem! - tudo anda bem confuso mesmo.
O que eu tenho a dizer? Faça nada.
Mas... Como assim? Se eu sei o que está acontecendo... Se eu descobri algo que alguém tentava esconder de mim... Se eu confirmei uma desconfiança... Se agora eu sei tudowww...rs Ok, não importa. Faça nada.
Estamos em um tempo em que somos invariavelmente invadidos por pensamentos e sentimentos estranhos. Hoje mesmo, enquanto fazia um trabalho demorado e detalhado na escola, percebi minha mente divagando e descobrindo razões para brigar. Observei meu coração se agitando, indignado, pedindo atitudes, pedindo postura e posicionamento. Enquanto isso, uma outra parte de mim apenas observava, descansava o seu olhar sobre meus aspectos mais inquietos e com um sorriso me perguntava: "por que você sempre tem que fazer algo?" E eu me apressava por responder com todo aquele discurso de "ser responsável por minha própria vida, meu próprio destino".
Então, um antigo questionamento subtraído do The Big Bang Theory invadiu o meu ser: se Indiana Jones não tivesse aparecido no filme Os Caçadores da Arca Perdida nada mudaria, tudo aconteceria exatamente da mesma maneira como aconteceu com a sua presença? Bem, é mais ou menos isto: nós somos Indiana Jones e a vida é o filme. Talvez tenhamos menos relevância no andamento da nossa vida do que gostariamos de acreditar quando pensamos em mudanças, em desvios de rotas. Fazemos diferença se pensarmos em como fazemos as coisas e como elas repercutem no nosso próprio crescimento. Mas se estamos falando de uma mudança radical... Hmmm... Não sei... Talvez não.
Também não sei se este meu questionamento serve para outro momento e outro lugar, mas certamente ele serve - e muito! - para o meu questionamento aqui e agora. E o ponto é: provavelmente vocês serão invadidos por pensamentos e sentimentos estranhos... Provavelmente vocês receberão informações inusitadas (ou nem tanto) do nada... Terão acesso a informações que vão mexer com seus nervos... Terão vontade de largar tudo (trabalho, relacionamentos, amigos, casa, compromissos...) Mas tentem, apenas experimentem, neste período (quando termina? Não sei... Eu chutaria começo de junho) observar tudo com cautela: o que está dentro e o que está fora. Observem bem, enxerguem tudo da forma mais clara possível, tomem consciência de tudo que está acontecendo, as verdades ou mentiras, o que incomoda, o que vocês não admitem, o que é inaceitável. Mas façam... (o que? o que?) NADA. Façam nada... Com toda a paz no coração. Com toda a serenidade mental. Com toda a gratidão que vocês são capazes de sentir.
Ter a capacidade de se olhar de fora das situações, ter a condição de se descolar do ego e observar as reações dele. Esses aprendizados são urgentes! Em certos momentos, haverá uma imensa vontade de gritar. Eu sei... Eu tive hoje...rs Um impulso de empurrar tudo e todos para longe, repetir mil vezes "não sou obrigada!". Aliás, de uns tempos pra cá tenho tido este impulso - de largar tudo e me trancar numa caverna sozinha - várias vezes, pelas mais variadas razões. Mas creio que ainda não seja o momento. Também não é o momento de radicalizar, também não é o momento de ser reativo. Apenas ame, perdoa e agradeça. E faça... Sim, sim... NADA.
