segunda-feira, 19 de dezembro de 2016
Bom dia! :-)
Sempre que olho para o 4 de Copas, penso na festa, na alegria e na leveza que terminaram e no momento de introspecção que começa ou recomeça. Não olho para isso com tristeza... A vida, ao contrário do que diz a velha música da Xuxa, não é uma festa. Pelo menos não neste sentido, de colocar o foco em amenidades, prazeres e superficialidades. É claro que isso tudo tem o seu valor, sua hora, seu momento, mas o processo de amadurecimento mostra que o aprendizado precisa acontecer e ele só costuma acontecer com uma certa dose de sossego e mergulho interior.
Hoje, não tenho dúvida, será um dia de reflexão sobre questões emocionais, especialmente sobre como administrar meus sentimentos para gerar menos sofrimento. É um clássico a questão que envolve pessoas consideradas fortes e sua suposta ausência de sensibilidade. Isso já até ganhou vários memes no Facebook. A impressão geral é que pessoas que são mais práticas, independentes e determinadas não sentem as coisas de forma tão profunda quanto aquelas tipicamente chamadas de emotivas ou sensíveis. Pensar assim é uma grande injustiça! Posso falar sobre isso com propriedade porque sou considerada uma dessas criaturas fortes.
O que poucas pessoas entendem é que esta força foi construída a duras penas, com sangue, suor e lágrimas. A vida foi mostrando que não vale a pena derramar lágrimas por pouco, que não é o melhor caminho sofrer por conta da forma como as pessoas te tratam, que não podemos esperar dos outros o mesmo que oferecemos a eles, que não podemos ser tão dependentes da aprovação ou do amor dos outros para sermos felizes. A vida sempre mostra muitas coisas. A diferença é que algumas pessoas resolvem enxergar e aprender logo, outras não. As pessoas denominadas fortes, escolheram a primeira opção, mas é bom que todos saibam que a resistência delas, como tudo nesta vida, tem limites.
Há anos eu digo sempre: Deus me livre dos frágeis demais, inseguros demais, sensíveis demais. Eles sempre acham que estão sendo atacados ou menosprezados e não pensam duas vezes antes de passar por cima dos outros com toda a sua "sensibilidade", para se defender de um ataque que muitas vezes é totalmente fictício, fruto da sua própria imaginação, insegurança e mania de perseguição. Neste processo, sua cegueira em relação a tudo que acontece é tão grande, que durante o seu ataque ao outro, ele continua se sentindo o atacado, mergulhado na sua auto imagem de "a criatura sensível que está sendo vítima de alguém sem sentimentos". Isso tudo é muito triste porque ele não somente sofre, como faz os outros sofrerem também.
Minha reflexão de hoje diz respeito a isto: como estou tratando meus próprios sentimentos, como estou lidando com minhas fragilidades e até quando vou continuar assumindo na vida o papel da criatura forte que não sente nada, quando sinto tanta coisa. O corpo acaba padecendo neste tipo de situação e talvez eu prefira perder o juízo do que perder a saúde.
Como estamos em uma segunda-feira de regência lunar, dia de espiritualidade e magia, vejo o 4 de Copas também como um chamado de socorro aos protetores espirituais. Talvez não seja a hora de ouvir opiniões alheias sobre o que devo fazer, mas me abrir à espiritualidade para que de lá venha a melhor solução, o melhor caminho. Que a reflexão do 4 de Copas neste ciclo que ainda é do Diabo possa colocar luz nas sombras... As alheias e as minhas também. Que assim seja!
Ótima segunda-feira para todos nós!
A imagem veio daqui
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