O Louco

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Bom dia! :-)

Quem nunca fez uma loucura por amor que atire a primeira pedra! rs Eu fiz algumas... Nos velhos tempos... Mas hoje eu penso que as maiores loucuras que fazemos por amor são aquelas pequenas atitudes do dia a dia, aquelas que muitas vezes nem são percebidas pelos outros, mas que dentro de nós ecoam como maluquice pura. É quando a mente diz não e o coração diz sim.

A carta do Louco é uma daquelas que inspiram amores e ódios. Aqueles que temem o desconhecido não gostam, já os que possuem dentro de si um instinto de ousadia, amam! Mas há também uma terceira opção: aqueles que aprendem, com o passar dos anos, que é preciso ter os pés no chão mas também abrir a mente e o coração para o novo.

Ontem, escutei um amigo falando uma coisa que tem tudo a ver com a carta de hoje: as pessoas não têm medo do desconhecido... Elas simplesmente são tão apegadas ao que já conhecem que nem se interessam por nada que saia da zona de conforto.

Conseguir sair da zona de conforto pode ser uma tortura para uns, mas pode ser também um grande aprendizado para outros. Me encaixo no segundo caso. Estou vivendo um momento especialmente intenso em termos de treinamento de sair da zona de conforto, apesar de que o presente já não está confortável...rs Mas entendo a questão do apego que meu amigo falou... Às vezes, a gente se apega a algo que nem está bom, só para não experimentar algo diferente.

O Louco surge sempre de forma desafiadora, mostrando que às vezes é hora de começar tudo do zero. É preciso se lançar em uma atitude que pode parecer pura loucura, mas que também pode transformar tudo de forma tão impactante que até mesmo o que se acreditava não ter mais jeito, de repente surge de um jeito novo... E muito melhor!

Como estamos na sexta-feira de Vênus, não dá para não pensar nos relacionamentos. Pode ser que hoje seja um dia surpreendente em termos de relação com as pessoas. Também pode ser uma experiência inesperada em relação a nossa autoestima. E pode também ser pura loucura de amor, aquilo que faz com que o corpo esquente, as mãos esfriem e o sorriso seja inevitável.

O mais importante conselho que dou para nós (eu também! rs) no dia de hoje, no entanto, é: vamos sentir, vamos nos permitir, vamos nos abrir para novas sensações, sentimentos e percepções. E quem sabe assim poderemos ter, de verdade, uma grande surpresa. Loucura maior é acreditar que somos imunes e indiferentes a tudo e todos. ;-)

Ótima sexta-feira para todos nós!

A imagem veio daqui

3 comentários:

Anônimo disse...

"A loucura, longe de ser uma anomalia, é a condição normal humana. Não ter consciência dela, e ela não ser grande, é ser homem normal. Não ter consciência dela e ela ser grande, é ser louco. Ter consciência dela e ela ser pequena é ser desiludido. Ter consciência dela e ela ser grande é ser gênio". Fernando Pessoa

Há uma diferença entre a loucura das pessoas e aquilo que as pessoas tem como loucura.

Um louco vendo a loucura de outro.

Ver a própria loucura é muito difícil, pois a loucura é a própria inconsciência.

Por isto o mestre Jesus disse:

- Não julgueis.

Mas isto é muito difícil. É difícil suspender o nosso julgamento e manter a mente serena, clara, tranquila como um lago diante do agito e da loucura do mundo. Isto é coisa para despertos, para Budas, para aqueles que já perceberam a própria loucura e inconsciência.

Quem já percebeu a própria loucura?

Quem já notou num rasgo de percepção a própria inconsciência?

Ver a própria loucura é entrar no caminho da sanidade e não ver é entrar no caminho do sanatório ou sujeitar-se aos produtos da Farmáfia.

Quem já percebeu o seu defeito principal, aquela característica mais forte da personalidade responsável pelo seu giro incessante na roda das ilusões, no samsara?

Quem já notou de forma visceral o padrão de comportamento principal responsável pelo carma e pelo sofrimento pessoal nesta vida?

O arcano do Louco em dia de Vênus nos indica isto, ele vem aqui ressaltar onde está a nossa loucura, onde está o nosso erro.

Como temos trabalhado em nós a energia de Vênus?

Quantas pessoas que não sofrem por amor ou pela falta de amor?

Quantas outras não sofrem pela inadequação de seu padrão estético diante da ditadura da beleza?

Quantas por causa da própria beleza que abre portas, inclusive as portas do inferno, não sucumbiram aos apelos narcisistas para viver uma vida de superficialidades?

Não é incomum as pessoas mais belas serem as mais desgraçadas possíveis. ESta afirmativa parece espantosa? Bem, ela é feita por uma bela mulher chamada Florinda, uma das mestras de Carlos Castaneda.

Quantas não cobram por amor e prostituem o sentimento das mais diversas formas, pois não se cobra apenas dinheiro?

Graças a Deus temos o Tarô para nos indicar a nossa própria loucura e assim podermos olhar melhor para nós mesmos e percebermos aquilo que devemos trabalhar em nós mesmos.

Sinto muito, me perdoa, te amo, sou grato.

F.A.

obs: deixo aqui a passagem do livro o Presente da Águia, pgs. 217 e 218, onde Florinda comenta sobre a beleza:

"Disse que tinha nascido numa cidade bastante grande do México, de uma família abastada. Como era filha única, seus pais a mimaram desde o momento em que nasceu.
Sem qualquer indício de falsa modéstia, Florinda admitiu que tinha sido sempre consciente da sua beleza. Disse que beleza é um demônio que se desenvolve e prolifera quando admirada.

Assegurou-me que podia dizer, sem sombra de dúvida, que aquele
demônio é o pior para ser derrotado, e que se eu olhasse em volta à procura das pessoas
bonitas encontraria os seres mais desgraçados possíveis.

Não quis discutir com ela, mas por outro lado tinha um grande desejo de lhe dizer que ela era um tanto dogmática. Ela deve ter captado meus sentimentos, pois piscou para mim.

— São desgraçados, é bom acreditar — continuou. — Faça uma tentativa com eles. Não concorde com a idéia de que eles são bonitos, e por isso importantes, e então
vai entender o que quero dizer.

Ela falou que não podia culpar totalmente a seus pais ou a ela própria por ser tão convencida. Todos à sua volta tinham conspirado desde a sua infância para fazê-la sentir-se importante e especial.

— Quando eu tinha quinze anos — continuou — achava que eu era a coisa mais importante que passara pela terra. Todos diziam isso, especialmente os homens".

O Presente da Águia, de Carlos Castaneda.

Clara disse...

Bom Dia!!!
Neste momento, MINHA ESTRANHA LOUCURA

Estranha Loucura
Alcione

Minha estranha loucura
é tentar te entender e não ser entendida
É ficar com você
Procurando fazer parte da tua vida
Minha estranha loucura
É tentar desculpar o que não tem desculpa
É fazer dos teus erros
Num motivo qualquer a razão da minha culpa
Minha estranha loucura
É correr pros teus braços quando acaba uma briga
Te dar sempre razão
E assumir o papel de culpado bandido
Ver você me humilhar
E eu num canto qualquer dependente total do teu jeito de ser
Minha estranha loucura
É tentar descobrir que o melhor é você

Eu acho que paguei o preço por te amar demais
Enquanto pra você foi tanto fez ou tanto faz
Magoando pouco a pouco me perdendo sem saber
E quando eu for embora o que será que vai fazer?

Vai sentir falta de mim
Sentir falta de mim
Vai tentar se esconder coração vai doer
Sentir falta de mim

Minha estranha loucura
É correr pros teus braços quando acaba uma briga
Te dar sempre razão
E assumir o papel de culpado bandido
Ver você me humilhar
E eu num canto qualquer dependente total do teu jeito de ser
Minha estranha loucura
É tentar descobrir que o melhor é você

Eu acho que paguei o preço por te amar demais
Enquanto pra você foi tanto fez ou tanto faz
Magoando pouco a pouco me perdendo sem saber
E quando eu for embora o que será que vai fazer?

Vai sentir falta de mim
Sentir falta de mim
Vai tentar se esconder coração vai doer
Sentir falta de mim...

Unknown disse...

Bom dia Via!
Uau, que textos maravilhosos! Vênus inspirando a todos! Pura poesia: "E pode também ser pura loucura de amor, aquilo que faz com que o corpo esquente, as mãos esfriem e o sorriso seja inevitável."
Gratidão!

Jeff