sábado, 30 de novembro de 2013
Bom dia! :-)
Alguém levou um susto? Depois de uma semana toda cor-de-rosa com rendinha branca, chegamos ao sábado, cujo regente planetário já é Saturno (nada flexível), com uma carta da Justiça pelo meio da cara! rs
Sempre que olho para esta carta eu me lembro da mitologia egípcia e de Maat, com sua balança e seu rigor, mostrando que para não entrar em apuros depois da morte, a humana criatura deveria ter o coração mais leve que uma pluma.
Já refleti muito sobre isso e tenho cá meus questionamentos. O maior deles: da mesma maneira que uma pessoa sem um pingo de emoção pode enganar o detector de mentiras, talvez uma pessoa sem um pingo de emoção possa ficar com o coração e a consciência tranquilos, mesmo tendo cometido uma lista enorme de erros graves.
Já pensaram nisso?
Por outro lado, uma pessoa muito responsável e auto-exigente pode tentar, a todo custo, reduzir seus erros a cada dia e no entanto manter o coração e a consciência pesados por não se perdoar (engolindo a seco...rs) Sempre que penso nisso, fico mesmo preocupada com a dificuldade que algumas pessoas têm de se perdoar, apesar de perdoarem facilmente os outros. Não sei se Maat daria o desconto, revisando a ficha corrida da pessoa e dando um crédito pelo esforço, pelos acertos, pela disciplina... Muito provavelmente não. A razão disso é simples: se a própria pessoa tem dificuldade de se perdoar, o que esperar dos outros?
A noção de justiça é algo tão flutuante quanto as borboletas que dão cor e graça a esta linda imagem. Nem acredito que estou dizendo isso!!! rs
Passei muitos anos acreditando que o certo e o errado eram coisas imexíveis, eram coisas cujo o critério de avaliação não poderia ser discutido. A vida e a experiência me mostraram que se é assim, ninguém contou isso para o resto da humanidade. Basta observar as culturas de todos os tempos e todos os lugares para descobrir que o que é lei em um lugar pode ser crime em outro, o que é recomendável em um canto, pode ser considerado absurdo em outro. Nós mesmos costumamos diferenciar a justiça dos homens e a justiça divina.
E quem tem razão? Quem está certo? E quem teria autoridade para decidir isso? São todas perguntas associadas à justiça. Desde o momento em que pensei e repensei tudo isso que nunca mais dei uma de louca, clamando pela justiça divina, já que ela poderia vir feito um raio na minha cabeça! Assumi com humildade a ideia de ter apenas os meus critérios pessoais de julgamento, mas compreender que outras pessoas podem ter também os seus.
Então, passei a ter a minha "lei única" que, claro, não consigo seguir 100% das vezes, mas me esforço de todo coração para chegar o mais perto disso. A lei é: não faça com os outros o que você não gostaria que fizessem com você. Se as pessoas, cada vez que fossem tomar uma atitude (ou não tomar atitude alguma) pensassem, ponderassem sobre essa lei, o mundo seria um lugar bem melhor para se viver.
Enfim, a Justiça veio nos visitar hoje para que possamos abrir nossos olhos, nossa mente e nosso coração para analisar as nossas atitudes. A atitude dos outros, que fique com os outros (queiramos com esperança e fé que eles façam a mesma coisa...rs) Depois de uma semana tão leve e agradável, eu acho que não é pedir demais fazer este pequeno esforço, certo? ;-)
Que o sábado seja pleno!
A imagem veio daqui
2 comentários:
Se o mundo fosse regido pelo bem existiria necessidade de Justiça? Não.
Se o mundo fosse mal haveria necessidade de Justiça? Não.
Por que o mundo é regido pela dualidade é que existe a Justiça.
Bem e mal existem para promover o conhecimento, o conhecimento do bem e do mal. o fruto proibido.
O arcano da dualidade no Tarot é a Sacerdotisa, Ela carrega um livro, Ela é a Gnosis, Ela é a promotora do conhecimento e está na
porta do templo do Ser. Ela é a Serpente Tentadora do Éden que incita a consciência pelo desafio de mergulhar no desconhecido e
nos mistério.
A Justiça é uma expressão matemática da Sacerdotisa, 2 * 2 * 2 = 8. A Justiça é uma derivação da dualidade. Aqui estamos diante
do outro, do adversário e das consequencias dos nossos próprios atos. A Justiça é um espelho, um reflexo, um eco e uma resultante.
Ela própria é dual, porta espada, o que revela seu lado guerreiro, e traz balança, que expressa seu lado conciliador, é guerra e
concórdia.
Pela dualidade a Justiça realiza a completude de ser, alinhar-se com a Justiça exige uma consciência equilibrada na dualidade,
exige sobriedade e impecabilidade interior, as forças internas de uma pessoa devem estar em equilíbrio, nem razão ou nem
emoção, antes razão e emoção para que possamos ver de forma clara, clarividente, só quando a dualidade em nós está equilibrada
abre-se o olho do conhecimento, o terceiro olho, o ajna chacra, formado pela dualidade, por duas pétalas, este é o olho da Justiça.
Quem poderá abrir a percepção da Justiça em si mesmo?
Este deverá provar do fruto proibido do conhecimento, da Gnose. Assim deverá ocorrer um ato de transgressão.
Só é possível acessar o conhecimento, a gnose e a Justiça pela transgressão. É a transgressão que em diversos mitos nos alça de uma
condição humana para a divina, é a transgressão que nos permite a evolução, se não fosse a desobediência as regras, aos tabus e as
normas nunca haveria evolução e até hoje estaríamos ignorantes do Éden.
A obediência nos faz bons meninos e meninas. A desobediência nos faz crescer. É a desobediência que aciona as leis e nos permite o
ensino.
O propósito da lei do carma é o ensino através da experiência. Se sempre seguirmos a lei e formos obedientes como iremos
aprender? Os animais seguem regra geral as determinações da Natureza, outro nome para o arcano 2 do Tarot. O ser humano é o
animal capaz de infringir o estabelecido pela Natureza e por isto ele é capaz de aprender através dos próprios erros. Errar
torna-nos divinos, se assim não fosse não estaria dito pelo Deus bíblico em Gênesis depois que Eva e Adão provaram do fruto
proibido:
- Eis que eles se tornaram como um de nós.
A capacidade de errar e de transgredir envolve uma outra qualidade, que é uma outra palavra-chave do arcano da Justiça:
responsabilidade, ser capaz de responder pelos próprios atos. Eu e meus atos me definem e através disto percebo a Justiça manifestada a todo instante na vida como um conceito que nasce a partir de mim mesmo e não imposto.
Assim tudo o que acontece em nossas vidas é um enorme espelho de nós mesmos, mas quem poderá deparar-se com esta Justiça, com esta verdade?
Sinto muito, me perdoa, te amo, sou grato.
F.A.
Estava lendo agora sobre o Julgamento do STF para os expurgos dos planos Color, Bresser e Outros.
De um lado o Governo usando de todo o seu "Rolo Compressor" para impedir que se faça Justiça.
Do Outro lado a Justiça "Acuada".
Vamos ver no que vai dar.
BRASIL MOSTRA A TUA CARA!!!
Vou torcer para que se faça JUSTIÇA.
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