Ás de Copas

sexta-feira, 8 de junho de 2018

Bom dia! :-)

Não sei se vocês já repararam, mas o Ás de Copas anda nos visitando com muita frequência. Creio que o Universo esteja clamando por uma sensibilização nesses tempos embrutecidos, em que seguimos a tendência de "criar calo" no coração para sobreviver. Sim, vocês repararam nisso? Eu tenho prestado bastante atenção... Porque sempre fui muito sensível e "peito aberto", sabem como? Pessoa que interage sem medo com os outros... E de uns tempos pra cá tenho estado mais fechada, reservada, com um tipo de indiferença de auto preservação.

O Ás de Copas sempre foi o abre alas da sensibilidade, da delicadeza... Ele não chega a ser o romance, mas é o primeiro passo no processo de se abrir ao amor. Este amor aqui ainda está mais no singular que no plural, mas nada impede que ele se transforme  e multiplique.

Se o Ás de Copas aparecesse em outro dia, eu poderia ser mais resistente em relação à singularidade dos efeitos amorosos do Arcano. Mas surgindo justamente em uma sexta-feira de Vênus, portanto, de amorzinho, creio que temos, sim, alguma possibilidade razoável de termos o Ás de Copas como pontapé inicial do processo de envolvimento amoroso. Vai ter amorzinho, sim! rs

Mas não é só isso... Até porque nem tudo se resume a amorzinho. Na verdade, nos tempos atuais, poucas coisas se resumem a amorzinho! Outro dia pensava nisso... Como que no passado, coisa de uns 10 anos atrás, minha vida era tão centrada no relacionamento amoroso e como pensar o amor, lidar com o amor... e hoje em dia os poucos momentos em que reflito sobre isso é como se eu estivesse em um laboratório, analisando as estranhas reações de um alienígena... Mas quando olho em volta, vejo também outras pessoas tendo reações senão iguais ao menos semelhantes. Estes são tempos estranhos... Em que o amor é visto com desconfiança, descrença, um produto com prazo de validade curto e que não cumpre o que promete. Em que ponto nos perdemos no caminho do amor?

É claro que a idade e a maturidade me mostraram que aquele amor romântico, idealizado e cercado de recursos fantasiosos não existe. Ok... Mas eu nunca fui sarcástica em relação ao amor e passei a ser... Sempre que vejo alguém desesperadamente apaixonado, tenho tido uma tendência a olhar de banda e pensar "aham... espera um pouco e você vai ver onde isso vai dar". Eu poderia me encher de auto importância e dizer que as pessoas andaram me decepcionando muito nos últimos tempos... Mas uma dose de bom senso e eu perceberia que eu é que sempre esperei muito das pessoas... Como eu espero muito de mim (e me trato com grande nível de rigidez, às vezes crueldade), faço a mesma coisa com os outros. E - adivinhem? - acabo sempre me decepcionando. Parece que os outros não se esforçam tanto rumo à impecabilidade... E parece também que eles têm uma vida bem mais leve e tranquila do que eu, fato que vem me fazendo repensar um pouco minhas atitudes...rs

O amor deveria ser algo que flui muito naturalmente, sem tantas condições e exigências. Também tenho me perguntado por que não é mais assim? Lembro de um tempo em que um simples sorriso ou uma forma de gesticular era o suficiente para entregar meu coração a alguém. Também lembro de um tempo em que amar era mais fácil que me relacionar... A situação se inverteu em alguma parte da história e tudo isso se transformou em um grande mistério.

O Ás de Copas anda aparecendo bastante em 2018... E eu mantenho a minha tese: o amor grita por atenção! E parece que apesar de todos olharmos constantemente para o amor, estamos com uma certa dificuldade de senti-lo em todo o seu esplendor. O que precisamos resgatar? O que em nós está levantando barreiras em torno do nosso coração? Como se remenda um coração que um dia foi partido? Universo, o que eu perdi pelo caminho que nem sei o que é e nem consigo encontrar que será capaz de trazer de volta a minha plena capacidade de amar?

Por que a gente se acostumou a amar dentro de um limite de (pseudo) segurança? O medo não rima com amor...

Que a sexta seja absurdamente amorosa!

A imagem veio daqui