domingo, 30 de outubro de 2016
Bom dia! :-)
Este mocinho não passeou muito pelo Via Tarot este ano. Já estamos concluindo outubro e esta é a terceira vez que ele dá as caras. Talvez, este não tenha sido, exatamente, um ano romântico. Creio que não... Particularmente, posso dizer que meu ano passado foi bem mais! E também mais cheio de novidades, celebrações... Este ano vem se mostrando até agora muito bom no aspecto profissional, mas a estabilidade e a praticidade caminham junto com a rotina, a mesmice e a zona de conforto. Não que eu (e meus três planetinhas em Virgem...rs) não ache isso ótimo, confortável, tranquilo e favorável... Mas a vida fica sem brilho, né? Fica aquela coisa meio morna e altamente previsível.
O Príncipe de Copas não representa somente o romance... Ele também fala das paixões que estimulam o ser humano a ir em frente, os desafios, as atrações que estão além do desejo carnal... estamos falando aqui da irrestível atração pelo desconhecido, pelo novo, por tudo aquilo que não faça parte da nossa rotina.
Vamos lá... Para explicar o todo, vamos dar um exemplo específico da vida amorosa...
O romantismo histórico, cultural, literário mostra sempre os amores impossíveis, os amores interrompidos pela morte, por um compromisso, pela rivalidade entre as famílias dos enamorados, distâncias físicas, econômicas, políticas, de castas... Estamos sempre falando de um ideal almejado e não daquilo que existe na prática. Eu sempre brinquei muito, falando que o amor de Romeu e Julieta não viraria história se eles tivessem se casado e vivido juntos por muitos anos... Seriam somente mais um casal neste mundo que começa a confundir o outro com os móveis da casa, ou se acostuma com a sua presença, ou acredita que o outro é seu, como um objeto, o sentimento de posse absoluto. O encanto terminaria.
Um casamento não é, necessariamente, uma coisa ruim. Mas também não é, necessariamente, uma coisa boa. Aliás, qualquer relação é aquilo que fazemos dela. Mas existe algo inquestionável: o desejo e a intensidade sempre crescem com o desafio e a distância. Então, é uma questão de opção... Para os que preferem a segurança da eterna rotina, eternos encontros, sentimentos sempre do mesmo jeito, atitudes idem, o casamento, bem como os namoros quase casamento, são ideais. Mas por favor não reclamem que tudo está morno, que o outro está sempre cansado e com sono. Sim, trata-se de uma relação segura, dificilmente haverá traição, até porque as pessoas envolvidas costumam estar tão acomodadas e desinteressantes que ninguém vai querer...rsrs Agora, se você quer uma relação mais intensa, profunda, se você quer viver experiências únicas e inesquecíveis, uma certa distância faz bem... Um certo mistério também... Os encontros especiais, para fazer algo especial ou porque se está em energia especial serão sempre a melhor opção.
Existe algo estranho no ser humano... Quando ele encontra algo que gosta, quer manter aquilo eternamente, em suspenso, como se o tempo parasse. É uma vontade de congelar momentos. Isso pode parecer muito bonito, mas na prática resulta em aprisionar sensações ou querer repeti-las sem parar, até que possa consumi-las até a última gota. E isso desgasta e frusta, normalmente. Porque o tempo não para, as sensações mudam de acordo com o dia e as fases, e não somos as mesmas pessoas para sempre. O Príncipe de Copas representa exatamente esta mudança de emoções e sentimentos, com um eterno despertar, uma descoberta nova a cada experiência. Isso exige idas e vindas, exige olhar o outro e a relação sob novos ângulos... E quando isso acontece, junto com uma certa insegurança de não saber o que vem depois, temos os momentos mágicos, temos o encontro sem a posse e a certeza absoluta de quando ele acontecerá novamente. Isso é um estímulo mágico para as relações!
Para compreender melhor o que estou dizendo, basta pensar naquela atividade profissional que sempre sonhamos, mas que quando vira nosso modo de sustento traz stress... Pensar nos encontros com amigos e como tudo fica pesado quando vira obrigação social. Lembrar das coisas que desejamos tanto ter, mas quando as conquistamos acabam ficando em um canto qualquer de uma gaveta.
O Príncipe de Copas aparece em um domingo de regência solar para nos dizer que não existe nada bom ou ruim por si só... Tudo depende desta pergunta que devemos nos fazer: como eu quero viver a minha vida? Com segurança absoluta, no mesmo lugar, fazendo as mesmas coisas, mantendo as relações dentro de uma gaiola de ouro ou... vivendo cada minuto como se fosse único, sentindo tudo de maneira especial, com leveza e prazer, colocando a curiosidade para funcionar e descobrindo coisas novas a cada momento? Quando colocamos tudo isso voltado, especialmente, para a vida afetiva com certeza não precisamos de alguma superprodução, viagens para lugares paradisíacos ou troca constante de parceiros. Basta ter em mente duas coisas: 1) eu não pertenço a ninguém e ninguém me pertence, sou capaz de ser feliz estando só 2) cada encontro deve ser único, deve ter algo de especial e surpreendente, ao invés do famoso encontro só para ficar junto. É fácil? Não... ainda mais com a vida corrida e quantidade de trabalho que se tem a fazer. Mas, ao menos, que a nossa rotina e a nossa necessidade de segurança fique restrita ao trabalho. E que os sentimentos tenham lugar solitário e privativo para crescerem e se revelarem, para que possam se manifestar no encontro.
Que o domingo seja apaixonante! Porque estar vivo é manter o amor vibrando incessantemente.
A imagem veio daqui
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