segunda-feira, 13 de janeiro de 2014
Bom dia! :-)
Depois de dois dias de longas reflexões, temos por aqui uma mudança de ciclo. O regente desta nova fase é o Enforcado e eu fiquei aqui matutando a razão da sua presença por aqui.
Eu acredito que a explicação sobre o inimigo que mora dentro de nós, que postei ontem, deve ter mexido um pouco com a galera..rs E sempre que despertamos para algo em relação ao qual não estamos muito confortáveis, a tendência é que algumas energias venham à tona... Uma delas pode ser representada pelo Enforcado, Arcano que expressa, dentre outras coisas, uma sensação de limitação, sufocamento, prisão.
Encarar o mundo tal qual ele é pode ser profundamente desconfortável (outra palavra associada ao Enforcado). Mesmo quando temos todo um conhecimento espiritual, energético, psicológico, ainda assim essa pode ser uma tarefa desafiadora. As razões são várias e incluem tanto a Matrix que tenta nos enrolar e manipular o tempo todo, quanto as exigências mínimas de sobrevivência que parecem crescer a cada dia.
Por outro lado, somente olhando a situação sob um novo ângulo somos capazes de compreender o que parece incompreensível e superar qualquer limite. Para isso, é preciso assumir uma nova posição e postura na vida. A postura invertida do yoga expressa bem isso e expressa bem o Arcano do Enforcado. O que estou querendo dizer que é o Enforcado se apresenta como reação a uma situação inevitável, mas também é a solução para a transformação de tal situação.
O Enforcado é também o iniciado. Somente alguém que conseguiu compreender quem é e o que veio para realizar neste mundo de meu Deus consegue se sentir confortável mesmo que pendurado de cabeça para baixo. Reparem que o Enforcado sempre nos parece uma carta complicada, com uma energia difícil, desafiadora, mas se prestarem atenção na expressão facial do rapaz da imagem (e na maior parte das imagens que se encontram por aí), concluirão que ele está bem... nós que ficamos incomodados!
O detalhe que achei mais interessante nesta imagem são as teias e os laços que o prendem. Isso me fez pensar na "teia da vida", nas memórias passadas que ficam guardadas dentro de nós (e criam teias de aranha) e nos laços emocionais e energéticos que nos amarram em situações e nos fazem prisioneiros... nos impedem de seguir em frente, prosseguir, evoluir em nossa caminhada.
O desafio de hoje é fazer a postura invertida sem incômodo e sem prisão, ao contrário, com a sensação de plena liberdade! Isso pode ser uma atividade física mesmo ou simbólica... Vamos exercitar! :-)
Ótima segunda, ótima semana!
A imagem veio daqui
3 comentários:
Bom dia, Via!
Se você tem o poder de mudar o seu destino para melhor e de queimar o próprio carma por que você não faria isto como se fizesse aquilo que é mais importante em sua própria vida?
Quando surge o Enforcado temos um aviso do Tarot para revermos certas posturas nossas, este arcano está entre a Força - o autodomínio - e a Morte - a transformação. Do auto-domínio para a transformação é necessário um sacrifício e este sacrifício é justo o sacrifício dos valores que nos impedem de mudar, que podemos sintetizar numa palavra: apego.
Apego é prisão, condição do Enforcado ou Pendurado. Mas esta é uma visão, outras são possíveis, pois tal arcano pode representar um compromisso, uma missão, uma tarefa a qual nos dedicamos e que nos leva para além de nós mesmos, de nosso ego. Desapego. A atitude de entrega e relaxamento do Enforcado (Pendurado).
É interessante este arcano maior vindo depois dos Enamorados pois então ele revela um outro significado: carma. Nossas escolhas, nossas decisões, nossos atos, palavras, pensamentos e sentimentos geram efeitos, ação e consequência, e se somos livres para agir também estamos presos as consequências de nossos atos.
Livre-arbítrio e destino se entrelaçam, se prendem, se vinculam tal como o Pendurado atado pelo pé.
Ontem mesmo expressei numa frase um dos aspectos do Enforcado que envolvem uma atitude revolucionária no que tange aos nossos hábitos, nossos padrões de comportamento que nos prendem e nos vinculam a um destino:
Dizem que o hábito faz o monge, mas as vezes a equação tem que ser inversa: o monge faz o hábito. Este é o movimento da consciência e da vontade.
Por vezes temos que fazer sacrifícios conscientes para nos libertarmos de hábitos que são danosos ao nosso ser e que minam a nossa vontade.
Contudo, fica mais fácil se soubermos quem nós somos. Quem sou eu?
A Matrix, a sociedade, não pode dizer quem você é. Você é mais que suas roupas, seu dinheiro, seus pertences, seu emprego e seu status sócio-econômico.
Isto você tem que descobrir. Esta é a jornada do herói expressa no Tarot.
Herói é uma outra palavra para o arcano 12.
Diante do arcano 6 as vezes por vezes evitam decidir e assumir uma postura de acordo com o seu coração e isto pode vir a paralisá-la, a torná-la infeliz ou depressiva, começa um processo de auto-sabotagem. Isto é um aspecto do arcano 12. É preciso estar atento.
Por outro lado se fazemos a escolha de acordo com o coração estaremos nos colocando numa posição contrária aos valores que regem o nosso mundo e eis aí o Enforcado (Pendurado) de novo, só que agora estamos mais plenos, mais integrados e relaxados dentro de nossas escolhas. Abraçamos satisfeitos o nosso destino, pois o caminho corresponde a nossa essência.
A pergunta aqui então é: o que eu preciso sacrificar em minha vida para lograr um mais alto nível de consciência, de percepção, de humanidade?
Há palavras e atitudes por vezes são verdadeiramente mágicas, são encantamentos do coração:
Reconheço, errei, perdão.
Sinto muito, me perdoa, te amo, sou grato.
Estas palavras e atitudes mudam uma vida, modificam um destino, transformam um carma.
F.A.
Amigos do Via,
No natal, tive uma séria fratura no joelho e estava no exterior. Lá fui operada e tratada em um hospital que considerei excelente e cuidada posteriormente por familiares amorosos, até poder retornar. Hoje fui a um médico com as mais impecáveis referências, aqui no Brasil já, e que me deixou a melhor impressão possível. Apenas ocorre que as instruções dele para minha recuperação são praticamente opostas a tudo que me havia sido recomendado antes. E ele insiste que da maneira anterior, talvez eu sequer voltasse a mover o joelho.
A recomendação dele é mais dolorosa, envolve exercícios que segundo ele estão ainda mais difíceis devido ao tempo perdido. E desde o momento em que meu joelho se partiu, não tive medo, pessimismo, nem derramei uma lágrima. Hoje, tive pânico diante dessa situação que me tirou completamente de minha zona de conforto. Enforcado exato, e foi bom ver essa carta e o conselho aqui e lembrar que o crescimento se faz de superação e sacrifício.
Um beijo a todos no Via,
Larissa
esta imagem é bem bonita
K_line
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