Ás de Paus

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Bom dia! :-)

Como foram todos de loucuras ontem? Por aqui, a única loucura foi trabalhar com o tarot e encaixotar coisas. Mas dei conta de tudo! Amém!

Pois bem, então neste ciclo de Louco temos agora o Ás de Paus apontando para o começo de algo. O elemento Fogo é representado no tarot por este naipe, Paus. Levando-se em conta que os Ases acumulam em si todo o potencial existente em cada naipe, aqui teremos conceitos como: ideias, criatividade, energia, impulso, entusiasmo, expressão da espiritualidade ou do mundo espiritual.

Penso também no Ás de Paus como um grande potencial de talentos que muitas vezes temos guardados, mas não usamos ou nem ao menos temos consciência da sua existência. Então, uma boa pergunta para fazermos hoje, olhando para o espelho, é: quais são meus maiores talentos?

Quais são aquelas ideias que andam engavetadas? Quais são aqueles planos que sempre ficam pra depois? E as coisas que começamos e deixamos pelo caminho por falta de entusiasmo? O bastão mágico, símbolo do poder de manifestação, veio nos visitar e mostrar que somos capazes de realizar muitas coisas que nem conseguimos imaginar!

Nossa cultura atual desconhece algumas informações que as mais antigas e sábias civilizações conheciam. Uma delas fala da energia geradora de todas as coisas que pode ser chamada de energia vital ou energia sexual, que longe de estar associada somente ao ato sexual e à sexualidade, envolve coisas muito mais profundas. O elemento Fogo também está relacionado a isso.

Todas as mais antigas tradições iniciáticas, caminhos espirituais voltados para a elevação do ser, falavam da importância da utilização dessa energia para criar. Assim como é a expressão da sexualidade a responsável pela geração da vida em um corpo físico, quem tiver a habilidade de utilizar a energia sexual será capaz de gerar a si mesmo como um novo ser... poderá permanecer jovem, poderá ser imortal e tantas coisas mais. Os alquimistas falavam isso. Os taoístas falavam isso. E outros tantos também.

Bem, a esta altura os mais afoitos já vão concluir que estou recomendando sexo para a galera. Quem sou eu pra não recomendar? É bom mesmo...rs Mas a ideia aqui é usar a energia disponível (sexual/vital) para criar, gerar coisas, trazer para o concreto aquilo que já foi idealizado na cabeça e plasmado no coração. Vamos lá, galera... Vão na fé! ;-)

Ótima quinta-feira para todos nós! :-)

A imagem veio daqui

3 comentários:

Clara disse...

É isto Claudinha.
Falou e Disse.
Quantas que só Penso, Penso e Penso... e nunca que sai do Plano Mental.
EU SOU A FORÇA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
E Por que Não?.
AMEI a Imagem dia Hoje do tarot.
BELISSIMO!!!
Grata.

Anônimo disse...

O Louco empunhando o Ás de Paus faz surgir magicamente o inesperado, o acaso ganha força e nem mesmo podemos prever o que vai suceder, assim a surpresa é verdadeira e nos mostra que para além de toda a rotina a vida e a morte conspiram sempre para que saiamos da modorra de nossas zonas de conforto.

Quando o Louco empunha a vara do Mago, o ás de paus, o que se pode esperar?

Nada e tudo.

Pois o desejo mais tresloucado e insano pode ocorrer e você ganhar na loteria sem saber ;-)

Entenda que a loteria é a própria vida que gira como uma roda para além do carma, para além da lei pois ela é maior que a lei.

Dizem que da lei nada escapa, mas há algo maior que a lei e da qual esta mesma surgiu. Este algo é a própria Divindade, que cria mundos, que organiza dimensões e que é pura potencialidade.

O Louco é sua expressão, ele mesmo não sabe o que vai criar. Ele torna-se uma explosão de criatividade e inesperado.

É um questão de tornar-se disponível para o diferente, para o novo e para o inesperado.

Que viver, enlouquecerá.

No melhor sentido da palavra.

Já disse o poeta, profeta Fernando Pessoa:

Sábio é quem monotoniza a existência, pois então cada pequeno incidente tem um privilégio de maravilha. O caçador de leões não tem aventura para além do terceiro leão. Para o meu cozinheiro monótono uma cena de bofetadas na rua tem sempre qualquer coisa de apocalipse modesto. Quem nunca saiu de Lisboa viaja no infinito no carro até Benfica, e, se um dia vai a Sintra, sente que viajou até Marte. O viajante que percorreu toda a terra não encontra de cinco mil milhas em diante novidade, porque encontra só coisas novas; outra vez a novidade, a velhice do eterno novo, mas o conceito abstracto de novidade ficou no mar com a segunda delas.

Sinto muito, me perdoa, te amo, sou grato.

F.A.

Juliana disse...

Tio Fê, seu último parágrafo é perfeito! Andei pensando muito nisso dias atrás. É bem por aí: o homem pode chegar a outros planetas um dia, mas não mais terá o gosto da descoberta das Grandes Navegações. Ou será que podemos, dentro de nós, cultivar a o senso de eterna novidade? Bem ao gosto do Louco, ainda quero, de alguma forma, crer que sim... :)
Beijos a todos,
Ju