sexta-feira, 3 de julho de 2015
Bom dia! :-)
Hoje, começo a postagem com uma reflexão... Talvez um pouco séria demais para o meu estilo sempre tão leve, mas é que alguns momentos pedem.
Há algum tempo, venho percebendo que as pessoas andam muito reativas e eu, que durante algumas décadas, fui uma reativa de carteirinha e sindicalizada, venho trilhando o desafio de andar na contramão da história, remar contra a maré. Talvez, uma das coisas mais difíceis seja manter o equilíbrio, o foco e a amorosidade com uma pessoa te ofendendo, te acusando ou sendo grosseira com você. Eu não tenho problema em discutir ideias... Nunca tive, na verdade! Sou capaz de discutir durante horas, mantendo a gentileza e a compostura. Mas quando o outro lado resolve sair do prumo, fica difícil. E tenho visto isso por todo canto, por todo lado e por qualquer razão. Lamentável.
Fiquei tentando compreender a razão disso. Porque discordâncias sempre existiram... Guerras também! Mas creio que esta loucura das comunicações cada vez mais rápidas, atingindo cada vez mais pessoas, anda pirando a cabeça das humanas criaturas. Sem falar que uma coisa é falar olhando nos olhos e outra coisa é escrever rapidamente com um monte de emoticons enlouquecidos...rs
Estamos perdendo a capacidade da empatia. Porque estamos perdendo a capacidade de ouvir o outro, ouvir de verdade. Estamos tão armados até os dentes que tudo parece pessoal, tudo parece uma grande conspiração para nos atrapalhar, tudo parece um grande final de campeonato... do tipo "escolhe o seu lado e parte pra cima do adversário". As redes sociais têm assumido o papel de mostrar o pior do ser humano e a gente acaba acreditando. Por outro lado, são essas mesmas redes sociais que colocam as pessoas cheias de coragem de escrever coisas que dificilmente falariam na cara dos outros. Mundo estranho este que vivemos.
Tenho adotado uma frase que li no Facebook e que expressa exatamente o que eu sinto: "o amor é a resposta para todas as perguntas". Isso se encaixa em diversas situações, mas principalmente nos tira de alguns vícios: a racionalização de tudo, o pensar demais, o desejo de controle, o desejo de poder sobre o outro. O amor que estou falando não é o amorzinho da sexta-feira, mas o amor maduro do 10 de Copas. Não precisa ser o amor romântico, já faz tempo que eu aprendi que amamos certas pessoas de uma forma diferente... Não precisamos casar com elas, mas nos importamos, sinceramente, com elas. Queremos ver bem, queremos estar perto, queremos compartilhar. Tenho amigos e amigas que eu amo, amo mesmo. Tenho duas amigas, por exemplo, que nos falamos todo dia e que nos damos bom dia e boa noite pelo whatsapp... É quase um namoro, não fosse o fato de não termos nenhum interesse de contato físico...rsrsrs Tenho um amigo que eu amo abraçar, apertar e dizer que ele é lindo... Não, não me julguem... ele é gay! ;-) Assim como tenho amigos e amigas que estão distantes, alguns não vejo há anos, décadas, mas a cada conversa online, parece que nos encontramos na semana anterior, pois a afinidade e o carinho são os mesmos. Quantos amores existem? Não sei... Mas sei que o amor é sempre a resposta.
Amor é algo que se constrói, com calma, paciência, convívio... É diferente de paixão, aquela coisa avassaladora, que tira o sono (ok, mas que também nos faz acordar e dormir sorrindo, deixa a pele boa, dá a sensação de que estamos, de fato, vivos). A paixão acontece mesmo contra a lógica absoluta. A gente olha e pensa "mas eu não tenho nada a ver com aquela criatura!", mas já é tarde... A criatura parece entrar por todos os poros da sua pele, parece ser o ar que você respira e consegue com facilidade te tirar do eixo, pra bem ou pra mal. (perceberam que conheço bem o assunto? rs) Já o amor chega devagar, é suave, é algo que vai somando a cada dia, faz você perceber coisas em relação ao outro que a maioria não percebe. Mas, ainda assim, existem vários tipos de amor. E temos ainda um terceiro elemento que se chama relacionamento. Às vezes a paixão funciona bem, mas não tem amor, daí o relacionamento não estabiliza. Às vezes tem paixão, tem amor e tem relacionamento (isso é o paraíso). Às vezes tem paixão, tem amor, mas o relacionamento é difícil, porque cada um quer coisas muito diferentes da vida (e isso é triste pra caramba!) E por aí vai... Existem várias combinações, algumas funcionam, outras não. Mas ainda continuo achando que o mais importante é viver, um dia de cada vez, e agradecer.
Pois bem... Muito do que eu já falei aqui tem a ver com o 10 de Copas. Mas vamos falar um pouquinho dele, especificamente. Esta carta fala tanto da "família espiritual", que são pessoas com as quais temos uma conexão muito especial, pessoas que sempre pareceram familiares, por quem sempre tivemos carinho... E também fala do amor maduro como relacionamento afetivo. Acho que isso é o que todos querem, apesar de que um amigo outro dia me disse que quer mais é paixão...rs Tive que discordar... Paixão pura é que nem chuveiro elétrico, puxa uma energia terrível! Altos gastos! rs
Um 10 de Copas em uma sexta-feira de Vênus nos faz pensar o quanto é valioso saber amar. Sim, nem todos sabem... Basta perceber o quanto que muitas pessoas associam amor com sofrimento. Amor é harmonia, é plenitude... Se não é assim, provavelmente não é amor. Quando amamos, amamos o "pacote fechado", com tudo dentro, defeitos, qualidades, o que concordamos, o que discordamos. Por isso poucos sabem amar. Mas isso também é aprendizado... E é este o aprendizado que o 10 de Copas nos propõe hoje. Que saibamos aproveitar a oportunidade. Amém.
Ótima sexta para todos nós! Eu vou jantar com uns amigos que amo, minha família espiritual! :-) Espero que vocês também possam compartilhar bons momentos com pessoas que amam.
A imagem veio daqui
4 comentários:
Bom dia, gentes!
Bem vc disse, Cacau, que a postagem de hoje estava muito especial... Muito oportuna mesmo em momento tão desafiador, acredito que para todas nós...mais uma vez, a sincronicidade dando sinais fortes
Um xero afetuoso!
Perfeito! :)
Beijos!
Ju
Oi Cacau, boa noite!
Decidi me pronunciar pra deixar registrado o efeito da postagem de hoje sobre mim.
Sabe, o que eu li pareceu mais um recado pessoal.
Nesse papo das pessoas cada vez mais agressivas, eu pertenço ao outro lado da situação: a ala dos "sensíveis demais", que presenciam os atos alheios e depois ficam remoendo a grosseria... esse sentimento também é caso pra estudo aqui no Via, ein?
Beijos, e bom fim de semana.
Olá, pessoas queridas!
Pelo visto, a postagem mexeu mesmo... Sim, estes têm sido dias de muita reflexão... Creio que devemos encontrar um equilíbrio entre o povo que quer guerra e a posição sensível demais, que o Roberto descreveu. Isso quer dizer manter a paz sem permitir que sejamos feridos por aqueles que fazem da guerra um hobby. Desafiador? Com certeza... Mas sigamos tentando.
beijos
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