domingo, 23 de março de 2014
Bom dia! :-)
Sim. Ele não é o boêmio, mas voltou novamente...rs Sinal de que não trabalhamos tudo que deveríamos trabalhar em relação a esta energia ou que surgiram mais coisas, com a mesma vibração, de devem ser trabalhadas.
Hoje, eu gostaria de falar sobre algo em especial. Algo que acontece comigo e gostaria de compartilhar e saber se acontece com vocês também.
Durante muitos anos na minha vida eu sabia, exatamente, o que queria. Batalhava por aquilo até conseguir ou até perceber que o que eu queria já era outra coisa. Então ia atrás dessa outra coisa. Os anos foram passando e fui começando a achar que eu não sabia o que queria. Dúvidas das mais diversas começaram a me atormentar. E em determinados momentos eu costumava dizer que "sabia o que não queria, mas não sabia o que queria".
Alguém disse, em algum dia e lugar, que quando somos jovens temos muitas certezas e que com a idade e a sabedoria começamos a não ter certeza de mais nada. Se for isso mesmo, acho que sou muito velha e muito sábia...rs (eu dizia isso até bem pouco tempo atrás)
Hoje, eu afirmo que sei muito bem o que eu quero. A questão é que não consigo enxergar como posso conseguir o que eu quero. E isso, sim, acaba me gerando dúvida.
Por vezes, tenho a sensação de que estou tão longe do que eu quero, que é melhor querer outra coisa! rs E o engraçado é que nem por isso tenho me sentido infeliz. Às vezes, um pouco cansada ou frustrada, confesso... Mas infeliz não.
Vocês já tiveram a sensação de que pegaram a trilha errada em um determinado momento e foram parar em um lugar totalmente diferente daquele que desejavam? Isso é bem comum, não é mesmo? Mas o que tenho sentido por esses dias é algo diferente. Eu tenho tido a sensação de que em momento algum da minha vida eu estava no caminho que realmente queria seguir. Mas, calma! Isso não é tão ruim quanto parece! rs É que eu sempre fui muito impulsiva e muito reativa quando criança. Quando cheguei à vida adulta, deixei de ser impulsiva (a não ser no quesito amor, que continuei fazendo algumas maluquices...rs), mas continuei sendo reativa. E agora estou em um ponto em que parece que não sou ou sou bem pouco as duas coisas. Nesta trajetória, fui me deixando levar por situações que surgiam e não por uma meta existente dentro de mim (por isso a afirmação que fiz ali em cima).
Minha dúvida 8 de Espadas de hoje é: devemos ter uma meta? Ou devemos, simplesmente, deixar "a vida me levar, vida leva eu"? Devemos ter um querer bem claro ou devemos aguardar os acontecimentos e escolher na hora qual caminho seguir? E se desejamos uma vida que nunca acontece? É sinal que não era mesmo pra acontecer ou é um teste para que façamos um esforço maior em busca do que se quer?
Estou perguntadeira...rs Que nem era quando criança!
Em certos momentos, tenho a impressão de estar vivendo uma vida que não é minha. Como se eu fosse uma pessoa e estivesse vivendo a vida de outra, como um personagem que assumi e que me faz ter um tipo de vida totalmente diferente daquele que eu quero ter. "Eu quem, cara pálida?" Eu, ué! Este ser que habita um corpo, possui uma família, um trabalho, uma casa... E que no fundo não possui nada, porque nada é nosso neste mundo, a não ser essa noção de "eu".
Como é a vida que eu gostaria de ter? Hmmm... Os problemas começam aí! Eu gostaria de morar em uma casa com quintal de terra, para plantar minhas ervas medicinais, fazer minhas tinturas, mexer na terra... Mas se eu morar em um lugar assim estarei distante das pessoas que mais precisam dessas terapias e não poderei trabalhar com elas. Eu gostaria de ter mais tempo para mim, ter mais espaço e poder ficar só, introspectiva. Mas eu adoro observar os outros, suas atitudes, posturas... e adoro ter amigos com quem posso falar coisas que para a maioria das pessoas parece maluquice. Eu gostaria de conhecer lugares e culturas diferentes, mas para isso eu preciso saber línguas, perder o medo de avião e não gostar tanto da "minha" casa.
Será que terei que ser várias pessoas? Viver várias vidas em uma só para poder atender tudo isso?
Bem, nesses anos todos, aprendi que fazer resistência a algo é somente uma maneira de dar mais poder a este algo. Por isso não tenho feito resistência ao retorno à prefeitura. Tenho me sentido como uma folha de árvore dançando com o vento do outono... Sem resistência, apenas fluindo. Isso tem me ajudado muito a manter a mente e o coração tranquilos. Só não sei se com isso estou colaborando para alcançar a vida que realmente quero ter.
Tenho pensado muito que as informações e experiências que adquiri até hoje seriam melhor aproveitadas se eu tivesse uma estrutura física que fosse confortável para mim e para receber as pessoas que precisassem do meu trabalho. Ou seja, ao invés de eu ir até as pessoas, as pessoas viessem a mim. Mas em um mundo movido à publicidade, para conseguir isso eu preciso me mostrar, me fazer conhecer... Bem mais do que eu faço atualmente. Talvez eu esteja querendo adiantar um processo que naturalmente acontecerá daqui a uns bons anos. Mas, é isso que eu quero.
Por um lado, tenho me sentido com uma autonomia interior que nunca tive. Não dependo interiormente de coisas, situações ou pessoas. Exteriormente, todos precisamos enquanto vivermos no mundo da matéria. Por outro lado, como disse outro dia uma amiga (oi, Erika! rs) talvez eu esteja precisando de paixão, pois isso sempre foi o que me moveu na vida. Mas até a paixão que tenho sentido, como em relação ao curso de alquimia, tem se manifestado de maneira muito tranquila, tranquila até demais!
Então me pergunto: e agora? Em que ponto estou da minha história? O que já consegui superar? E o que ainda preciso conquistar para que esteja em harmonia com minha missão nesta existência? Não sei... E talvez esta seja a parte que me cabe neste latifúndio com a presença - de novo - do 8 de Espadas por aqui.
Às vezes, uma aparente apatia é somente um truque para não se apegar a algo que ainda não se conseguiu alcançar. Mas confesso que gostaria de voltar a sonhar, com a crença e a confiança que tinha há 15 anos. Ao mesmo tempo, se olho em volta e não vejo o que quero, olho para dentro e encontro a paz. Estou bem comigo. Hoje eu sou o que de melhor poderia ser neste momento, aqui e agora. Estou ciente e segura de que estou fazendo o melhor que posso diante das condições que a vida me oferece. E isso é bom.
É... O 8 de Espadas é meu mesmo...rs Mas se alguém quiser dividi-lo comigo, fique à vontade! ;-)
Ótimo domingo reflexivo para todos!
A imagem veio daqui
O 8 não é de Paus que nos mostra sinais, mas o sinal veio mesmo assim! Acabei de encontrar esta imagem com a seguinte frase:
" Cada mulher que cura a si mesma contribui para curar a todas as mulheres que a precederam e a todas aquelas que virão depois dela".
É isso que desejo a cada mulher (e também a cada homem) que hoje visitar o Via Tarot. E é isso que me proponho a continuar fazendo, dia a dia, cada vez mais.
Gratidão!
O 8 não é de Paus que nos mostra sinais, mas o sinal veio mesmo assim! Acabei de encontrar esta imagem com a seguinte frase:
" Cada mulher que cura a si mesma contribui para curar a todas as mulheres que a precederam e a todas aquelas que virão depois dela".
É isso que desejo a cada mulher (e também a cada homem) que hoje visitar o Via Tarot. E é isso que me proponho a continuar fazendo, dia a dia, cada vez mais.
Gratidão!
7 comentários:
Você escreveu sobre você ou sobre mim? :)
Recentemente li um livro da Marie Louise Von Franz, uma junguiana, e no livro ela associava o Enxofre da Alquimia com esse estado de espírito de certa apatia. Acho que a ideia é pensar no Enxofre como o Espírito, aquilo além da nossa personalidade terrena; no Sal como nosso lado material, terrestre e apegado, e Mercúrio provavelmente com a transição dos dois, a Alma.
Nigredo, Albedo e Rubedo. Tamas, Sattwas e Rajas.
Não posso assegurar que vai ser o seu caso, mas pelo que estudei e vivi (e sofri) até agora, me parece que vivemos transitando incessantemente de um desses 3 estados para o outro.
No momento, eu gosto de pensar que nós não somos nenhum dos três, e sim o observador que transita entre os estados. Realmente já passei por períodos em que pra mim, tanto fazia o que acontecia no exterior, pois eu estava em Paz. Mas se estamos aqui, é para expressarmos nossa Vontade e transformarmos o chumbo da matéria bruta que é a nossa vida no Ouro do nosso intento, não é? (e a Alquimia retorna...)
Bom dia Cacau, leio este blog todos os dias desde que me veio parar à frente e adoro tudo!! Que você seja uma Leoa com disciplina e que nunca falha pra mim aqui, longe e sempre precisando de uma conversa boa!! (hehehe)e que você ensine tanto sobre tarot e sobre a vida!! Ainda veio junto o teu socio e mais o blog dele!! Obrigada Cacau e acho que você vai chegar sempre para que precisa, de uma maneira ou de outra!! Bjs lili
Há situações onde a filosofia, o pensamento, as espadas deste naipe que é como o fio da navalha é justamente o fator de cura que precisamos em nossas vidas, e é preciso exercitar um pensamento claro, lógico, firme para atravessar os labirintos da própria mente.
Mas para que a filosofia transforme-se em medicina da mente ela precisa, além de uma reflexão profunda, de um comprometimento com a práxis, de um engajamento existencial com esta mesma filosofia.
O Tarô é uma gnose e como tal ele se sustenta nos 4 pés que sustentam a mesa do Mago: filosofia, arte, ciência e mística.
Qual a filosofia curativa, a medicina da mente para o 8 de espadas?
Se é verdade que o semelhante cura o semelhante então a espada e seu oito é curado pela própria espada.
Então se foi dito que com ferro fere com ferro será ferido, eu digo que quem com ferro cura com ferro será curado.
O desafio de espadas é a própria mente de cada um, e se na mente está o problema é dentro dela que está a solução, solução esta que vemos no próprio naipe de espadas em sua carta final, o dez, onde no Tarô Mitológico temos o voto e a intervenção da própria Deusa da Sabedoria, Minerva ou Atena.
Espadas é um naipe presidido por Atena e também por Marte. Marte e Atena são irmãos. Eles se defrontarem na batalha mítica de Tróia e Atena saiu vencedora. Marte e Atena são ambos guerreiros, mas são guerreiros de diferentes estilos. Cada um é sábio a sua própria maneira, mas Atena é mais completa, tem um domínio de si que Marte não possui.
No oito de espadas a mulher vendada sugere a imagem da Deusa da Justiça e indica onde temos o problema e a solução: dentro de nós mesmos.
Mas é preciso refletir, é preciso ter a sabedoria de olhar para si mesmo e eu aqui deixo duas pequenas medicinas para provocar este reflexão.
A primeira medicina:
DESVIO TAMBÉM É CAMINHO.
E nele também aprendemos a nos conhecer e a perceber em nós aquilo que nos desviou. E desviou do quê? Qual era a rota, o norte? Havia um norte? Havia um algo a ser alcançado?
- O que você vai ser quando crescer?
- Eu não vou ser eu mesmo?
- Quem sou eu?
Uma pergunta adequada para a crise interior que espadas suscita em dia de Sol, em dia em que buscamos esclarecer os nosso processos internos.
A outra medicina vem do mestre de Carlos Castaneda:
Se o seu espírito está distorcido, ele deve simplesmente endireitá-lo — purificá-lo, torná-lo perfeito —, pois não há nenhum outro trabalho, em todas as nossas vidas, que valha mais a pena. Não endireitar o espírito é procurar a morte, e isso é o mesmo que não procurar nada, pois a morte nos
apanhará, de qualquer maneira. Buscar a perfeição do espírito do guerreiro é a única tarefa digna de nosso tempo limitado e de nossa virilidade.
Isto vale para todos os que estão no caminho do auto-conhecimento, este é o nosso norte, a nossa rota (tarô).
A mente nossa foi condicionada a operar através da dúvida, mas há um ponto onde temos que questionar a própria dúvida e, portanto, a própria mente, endireitando-a, purgando-a e curando-a através do silêncio e da clareza mental.
No fundo já sabemos o que precisamos, temos apenas que nos lembrar disto continuamente.
Sinto muito, me perdoa, te amo, sou grato.
F.A.
Boa tarde! :-)
Manu, pelo visto, sobre nós dois...rs
Vinícius, pelo visto vc tb anda na trip da alquimia...rs Comecei meu curso recentemente e tenho descoberto coisas bem interessantes. Dá uma olhadinha neste vídeo aí... https://www.youtube.com/watch?v=wF2uHUexP6I
Lili, gratidão pelas palavras. Que assim seja! :-)
Sócio, beijo! Gratidão pela companhia na caminhada...
É o sáb e dom por aqui foram muito virados para dentro, de mim comigo mesma. Por isso revejo sim o que você escreveu.
Adorei a última iamgem! Vou guardar! Aliás, o Via tem sempre imagens bem bonitas! Obrigada por nos dar a conhecê-las.
K_line
grato!
http://www.youtube.com/watch?v=fx7HXkz-H60
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