Olhando para meus enfeites de Natal e rindo muito pela presença de um Buda e uma tigela de cristais do lado da árvore de Natal e do presépio, fiquei pensando o quanto sempre fui ecumênica na minha conexão com a Divindade. Passei por todas as religiões/filosofias que você puder imaginar... Em todas encontrei a mesma base, que eu traduzo como: honrar e amar a presença divina que há em si e olhar para todas as pessoas com este mesmo sentimento, amar e proteger a natureza e todos os seres vivos e ser responsável por suas próprias atitudes. E é assim que procuro viver cada dia da minha vida.
Durante muitos anos, foi muito difícil compreender a razão de não sentir reciprocidade em todas as pessoas em relação ao comportamento que tinha com elas. A idade e a maturidade me mostraram que nem todos estarão dispostos a trazer pra vida o que dizem que defendem em teoria. Foi difícil entender as pessoas que escondem suas perversidades através de religiões, seus interesses egoístas em histórias tristes vivenciadas e a mentira, a manipulação e tantas atitudes que sempre me pareceram muito mais difíceis de seguir, do que simplesmente seguir o caminho da harmonia, da empatia e da generosidade.
Por fim, com o passar do tempo, descobri o óbvio: ninguém consegue ser o que não é... o que cada um é tem muito mais a ver com suas atitudes do que com suas palavras... e o fato de se outras pessoas não estão no mesmo caminho de autoconhecimento e desenvolvimento que escolhi, isto não justifica eu deixar o caminho pra lá. O mais importante é a consciência, e cada um tem a sua.
Ser uma boa pessoa sempre me fez bem e é triste pensar que por algum tempo quase me convenceram que ser uma boa pessoa não era algo importante, que ser boa é ser boba. A descoberta da minha neurodivergência vem me mostrando que a ingenuidade e o "não saber mentir" que sempre me caracterizaram, têm explicação neurologógica/genética. Teve momentos na minha vida que quis ser má e não consegui. Houve momentos em que quis me vingar, pegar o ponto fraco da pessoa, usar informações que me foram dadas na intimidade para jogar na cara, mas simplesmente não consegui, mesmo sabendo que a outra pessoa merecia e tinha feito a mesma coisa comigo. Antes tinha raiva de ser assim... Hoje sei que isso é o que eu sou e aprendi a amar o que eu sou.
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O Curso do Destino é um mistério mesmo quando desvelado. É como o amor que se sente, nunca sabemos plenamente o que lhe deu origem. Fazer o próprio destino é estar consciente de seu próprio mistério, tal como agora, Via Tarot.