sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Ás de Ouros

Bom dia! :-)

Eu já falei pra vocês que meu dia preferido da semana é sexta-feira? Pois é! Adoro aquela sensação de trabalhar mais relaxada e tranquila, adoro chegar em casa, dar uma ajeitadinha em tudo, ver como o filhote está, tomar um banho gostoso e seguir de carro pra casa do namorado, ouvindo música e cantando, em um trajeto de uns 20 minutos, numa estrada que costuma estar vazia, cercada de verde e com um céu estrelado. É o momento em que falo pra mim mesma: "ah, que delícia! Esvaziar a cabeça de trabalho e serviço de casa, e tenho dois dias pela frente em que eu posso cuidar de mim, fazer as coisas por mim". Sexta-feira a tarde é o prenúncio da alegria.

Esta sexta-feira é um pouco mais especial. Hoje, completo seis meses de namoro. Isso já seria bom, mas além disso tem o fato de eu ter acreditado durante um tempo que não voltaria a me sentir tão bem com alguém e, de repente, descobrir que era um engano. Li, certa vez, em algum lugar, que o amor na maturidade é muito melhor do que na adolescência. Concordaria 100% com isso não fosse a falta do namoro de tarde em dia de semana...rs Chegou uma época da vida que luxo, pra mim, seria namorar de tarde em dia de semana... Passear com o namorado em plena luz do dia, com os raios de sol abençoando cada sorriso. Mas, tirando esse pequeno detalhe, eu concordo: os sentimentos que vivemos na maturidade possuem uma beleza incrível. Não somos mais ingênuos, tolos, exagerados, não esperamos príncipes encantados e princesas adormecidas, não jogamos para o outro a responsabilidade de sermos felizes. E, por outro lado, nos permitimos pequenas loucuras, nos sentimos rejuvenescidos, amados e capazes de amar.

Ontem, durante o caminho do trabalho pra casa, estava pensando na mudança espantosa dos meus sentimentos. Afetivamente, posso dizer que tive um tipo de adolescência tardia. Até os trinta e poucos anos, queria viver movida à paixão e acreditava que o relacionamento perfeito era aquele em que a paixão se mantivesse indefinidamente. Depois, dos trinta e poucos até os quarenta e poucos, achava que o foco da relação era a pessoa, que se encontrássemos a pessoa certa, mesmo que a paixão não perdurasse eternamente, estaríamos felizes. O tempo e as experiências de vida me mostraram que: 1) não existe paixão eterna (graças aos deuses todos) 2) não existe pessoa certa 3) relação é construção diária de ambos os envolvidos. Hoje, vários ícones caíram por terra como o famoso "fulano faz meu tipo físico" ou "devo me relacionar com alguém parecido comigo". Prova disso é que meu namorado não faz meu tipo físico, toma coca-cola que nem água, come carne e não gosta de "naturebices"...rs E ainda assim estar com ele é tão bom, que não consigo me imaginar com qualquer outra pessoa. Aprender a gostar do que é diferente e se permitir sentir sem pre-julgamentos tem sido um aprendizado maravilhoso. Sou profundamente grata! Ao universo, a mim mesma que fui capaz de atrair um relacionamento que mistura lindamente aprendizado, doçura, amizade, respeito, admiração, conversas profundas, tesão, bom humor (ficaria horas enumerando outros itens) e ao meu namorado que me ama do jeito que eu sou, que não implica com a minha necessidade de liberdade e de estar sozinha vez por outra, que me apoia no trabalho, que ri das minhas chatices carinhosamente, que fica com vontade de me dar uns tapas quando eu começo a me autocensurar e auto criticar, mas que ao invés disso me pega no colo e diz "eu só queria que você conseguisse se enxergar através dos meus olhos". Mas vamos parar por aqui antes que eu comece a chorar...rs

O amor é algo inexplicável, é fato. É algo sobre o qual não temos muito controle, já dizia o ditado "ninguém manda no coração". Mas o relacionamento pode ser explicado, administrado, podemos ter controle sobre nossos atos e palavras (a não ser que estejamos falando de alguém com sérios problemas psiquiátricos). Podemos escolher a pessoa com quem nos relacionamos e podemos escolher que tipo de relacionamento queremos ter. E, como vocês sabem, boas escolhas são feitas quando temos experiência e experiência adquirimos com as escolhas ruins. O nome disso é maturidade, o nome disso é sabedoria.

O Ás de Ouros em uma sexta-feira de Vênus tem a ver com tudo isso que acabei de escrever: é a mistura da emoção com a razão, a mistura do sentimento, do pensamento e da ação, é como expressamos em termos práticos o amor. E a vida mostra que em um relacionamento o quanto se ama pode ser bem menos importante do que o como se ama. Ter esta percepção bem clara pode mudar tudo.

Como eu comentei, dia desses, com meu amigo Igor, no FB, citando Cazuza: "o amor na prática é sempre ao contrário". As idealizações, as projeções e expectativas caem por terra quando o amor acontece de verdade, no mundo real. E quando desconstruímos os sonhos românticos e ainda assim o mundo fica mais colorido e perfumado quando estamos ao lado de alguém, então meus queridos, isso, sem dúvida é amor.

Que a sexta-feira seja amorosa e verdadeira, real.

A imagem veio daqui


6 comentários:

  1. Oi todos!!!
    Que texto lindo sobre o amor, sobre o seu amor! Ótima sexta e felicidades para vcs!!
    Bjs

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  2. Aieeeeeeee! *suspiros*
    Bem-vinda de novo, Dra. Love! :)) Sempre na melhor forma de seus textos inspiradíssimos sobre esse bichinho chamado amor... :) Esse é mais um daqueles pra colar no espelho do armário. Palavras lindas de sabedoria e aprendizado. Obrigada!
    Beijos, boa sexta e ótimo mêsversário! ;)
    Ju

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  3. uau, que lindeza de texto! Me identifico imensamente (pra variar, rs). Um detalhe: nós, mocinhas com ascendente em Libra, temos mesmo mais dificuldade para vencer a ingenuidade da eterna paixão. Demoramos mais tempo na vida para amadurecer o amor. Temos casa 7 (a dos relacionamentos afetivos) em Áries, o primeiro fogo. O lado delicioso disso é que a nossa criança interior faz festa em nós quando nos relacionamos... ficamos vívidas, despertas, brincalhonas, criativas e com um brilho encantador no olhar. Lindas!

    Por aqui o Rei de Ouros hoje. :)

    Viva!!!!

    Beijos,
    Lilian

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  4. Estou sem Poder Ler Claudinha. Não sei onde coloquei Meus Óculos. Estou digitando sem saber nem se está certo. Graçias.

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  5. Cacau esta foi uma das publicações mais lindas que vc fez!!!sigo te admirando e aprendendo muito com vc!!! Que bom poder contar com suas palavras sábias. Minha mente e coração agradecem.

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  6. Oi, Catia
    Gratidão por partilhar desta caminhada! <3
    Beijo!

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O Curso do Destino é um mistério mesmo quando desvelado. É como o amor que se sente, nunca sabemos plenamente o que lhe deu origem. Fazer o próprio destino é estar consciente de seu próprio mistério, tal como agora, Via Tarot.