Bom dia, mamãe Oxum! Bom dia pessoas queridas! :-)
Desde ontem, eu estava aqui me coçando para contar pra vocês que a Estrela aparece dois dias seguidos, sendo que um desses dias é o dia de Nossa Senhora da Conceição, Oxum, que no tarot dos orixás é nada mais nada menos que a Estrela.
Eu não acredito em coincidências, que fique claro! Portanto, eu creio que a influência poderosa da minha mãe Oxum seja sentida por todos que fazem parte desta egrégora do Via Tarot. Que assim seja!
Oxum não é somente o orixá do amor, da beleza e da sedução, apesar de que muitos gostam de reduzir seus poderes a esses três setores. Aliás, eu creio sempre que existe uma tendência a subestimar Oxum, como se ela fosse somente a bonitinha fútil e isso, definitivamente, ela não é (orgulho de mamãe! rs)
Então resolvi trazer uma história de Oxum que também possui forte ligação com a Estrela, tenho certeza que vocês vão gostar. Aqui, Oxum não está sozinha... Ela está com Ogum e isso tem tudo a ver, levando-se em conta a terça-feira regida por Marte, deus grego que rege a guerra, assim como Ogum.
"Perante Oxalá, Ogum havia condenado a si mesmo a trabalhar duro na forja para sempre. Mas ele estava cansado da cidade e da sua profissão. Queria voltar a viver na floresta, voltar a ser o livre caçador que fora antes. Ogum achava-se muito poderoso, sentia que nenhum orixá poderia obrigá-lo a fazer o que não quisesse. Ogum estava cansado do trabalho de ferreiro e partiu para a floresta, abandonando tudo. Logo que os orixás souberam da fuga de Ogum, foram ao seu encalço para convencê-lo a voltar a cidade e à forja, pois ninguém podia ficar sem os artigos de ferro de Ogum, as armas, os utensílios, as ferramentas agrícolas. Mas Ogum não ouvia ninguém, queria ficar no mato. Simplesmente os enxotava da floresta com violência. Todos foram lá, menos Xangô.
E como estava previsto, sem os ferros de Ogum, O mundo começou a ir mal. Sem os instrumentos para plantar, as colheitas escasseavam e a humanidade já passava fome. Foi quando uma bela e frágil jovem veio à assembléia dos orixás e ofereceu-se a convencer Ogum a voltar à forja. Era Oxum a bela e jovem voluntária. Os outros orixás escarneceram dela, tão jovem, tão bela, tão frágil. Ela seria escorraçada por Ogum e até temiam por ela, pois Ogum era violento, poderia machucá-la, até matá-la. Mas Oxum insistiu, disse que tinha poderes de que os demais nem suspeitavam. Oxalá, que tudo escuta mudo, levantou a mão e impôs o silêncio. Oxum o convencera, ela podia ir a floresta e tentar.
Assim, Oxum entrou no mato e se aproximou do sítio onde Ogum costumava acampar. Usava ela tão-somente cinco lenços transparentes presos à cintura em laços, como esvoaçante saia. Os cabelos soltos, os pés descalços, Oxum dançava como o vento e seu corpo desprendia um perfume arrebatador. Ogum foi imediatamente atraído, irremediavelmente conquistado pela visão maravilhosa, mas se manteve distante. Ficou a espreita atrás dos arbustos, absorto. De lá admirava Oxum embevecido. Oxum o via, mas fazia de conta que não O tempo todo ela dançava e se aproximava dele mas fingia sempre que não dera por sua presença. A dança e o vento faziam flutuar os cinco lenços na cintura, deixando ver por segundos a carne irresistível de Oxum. Ela dançava, o enlouquecia. Dele se aproximava e com seus dedos sedutores lambuzava de mel nos lábios de Ogum. Ele estava como que em transe. E ela o atraía para si e ia caminhando pela mata, sutilmente tomando a direção da cidade. Mais dança, mais mel, mais sedução, Ogum não se dava conta do estratagema da dançarina. Ela ia na frente, ele acompanhava inebriado, louco de tesão. Quando Ogum se deu conta, eis que se encontravam ambos na praça da cidade. Os orixás todos estavam lá e aclamavam o casal em sua dança de amor.
Ogum estava na cidade, Ogum voltara! Temendo ser tomado com fraco, enganado pela sedução de uma mulher bonita, Ogum deu a entender que voltara por gosto e vontade própria. E nunca mais abandonaria a cidade. E nunca mais abandonaria sua forja. E os orixás aplaudiam e aplaudiam a dança de Oxum. Ogum voltou à forja e os homens voltaram a usar seus utensílios e houve plantações e colheitas e a fartura baniu a fome espantou a morte. Oxum salvara a humanidade com sua dança do amor."
(Retirado do livro MITOLOGIA DOS ORIXÁS de Reginaldo Prandi)
Que ela nos abençoe hoje e sempre!
Ola Viamigos e Cacau,
ResponderExcluirAh mamãe Oxum, sentada na beira do rio, colhendo lírios para enfeitar a nossa vida. Nada mais sábio iguala-la como a moça a beira do rio que transborda as águas na correnteza, na carta da estrela. De fato, Oxum jamais poderá ser resumida a tríplice: Amor, beleza e riqueza. Não há nada de fútil em Oxum e fazer isso seria negar seu incontestável poder perante as mulheres dos cultos africanos. Ela esteve presente na criação do mundo, dos seres humanos e a água responsável pela fertilidade, principalmente das mulheres. Ela é feiticeira, detentora dos segredos das grandes mães ancestrais e responsável pelo seu culto na cidade de Osogbo na África. Seus poderes estão presentes no mel que cura as crianças carnais e espirituais. Por tantos atributos ela é conhecida como Yalode (a grande mulher na sociedade, a que possui alto respeito e cargo).Oxum conseguiu seu lugar de destaque entre os homens quando estes negaram a participação dela no destino da Terra, fazendo com que toda terra e, principalmente, as mulheres se tornassem estéreis. Todos os orixás masculinos reverenciaram Oxum para que o mundo não morresse com tanta seca e assim ela conquistou a honra e a importância de todas mulheres na perpetuação da existência ate os dias de hoje. Gostaria também de render homenagem a minha mãe Iansã que teve seu dia em 4 de dezembro no sincretismo com Santa Bárbara. A Oxum da carta é guerreira, de posse do abebê (espelho) e adaga (espada) considerada assim Opara,que caminha com Iansã nas guerras junto com Ogum e Oxaguiã. A jovem destemida que aprendeu a lutar sem jamais perder a ternura. Salve Oxum, salve Iansã!!! O mês de dezembro das águas femininas!
Beijos abençoados
Salve Oxum!
ResponderExcluirSalve Iansã!
Minha Oxum é a Ipondá, Oxum caçadora das matas, por isso demoraram a identificá-la...rs Todos me achavam muito braba e pouco vaidosa pra ser Oxum...rsrsrs
beijo!
Boa Tarde
ResponderExcluirSALVE NOSSA MÃE OXUM!!!
ORO MI MAIÓ
Quando eu era criança
Minha mãe cantava pra mim
Uma canção em yorubá
Cantava pra eu dormir
Uma canção muito linda
Que o seu pai te ensinou
Trazida da escravidão
E cantada por seu avô
Era assim
Oro mi má
Oro mi maió
Oro mi maió
Yabado oyeyeo...
Oro mi má
Oro mi maió
Oro mi maió
Yabado oyeyeo...
Essa canção muito antiga
Do tempo da escravidão
Os negros em sofrimento
Cantavam e alegravam o seu coração
Presos naquelas senzalas
Dançando ijexá
Aquela canção muito linda
Com os versos em yorubá
Era assim
Oro mi má
Oro mi maió
Oro mi maió
Yabado oyeyeo...
Oro mi má
Oro mi maió
Oro mi maió
Yabado oyeyeo...
Cantava quando era criança
Fiquei, eu não me esqueci
Aquela canção em yorubá
Que não sai de dentro de mim
É assim
Oro mi má
Oro mi maió
Oro mi maió
Yabado oyeyeo
Oro mi má
Oro mi maió
Oro mi maió
Yabado oyeyeo
E Deus é o mar
Deus é o maior
Deus é o maior
Me ajudou a vencer
E Deus é o mar
Deus é o maior
Deus é o maior
Me ajudou a vencer
Oi Cacau,
ResponderExcluirComigo já foi ao contrário. Sou muito quieta para ser de Iansã e com isso todos me garantiam que eu era de Oxum. Ate que no momento da minha iniciação (isso há 3 anos atrás) Iansã se apresentou. Infelizmente, não posso citar aqui mais detalhes pela força do culto, apenas a sua forte ligação com Oxum e uma de suas representações são os redemoinhos que ocorrem nos rios que sugam, como verdadeiros furacões, o que encontram para o interior das águas. É considerada por alguns, a Iansã das águas.
Iponda é muito guerreira tb, é uma caçadora das matas com Oxossi, Logun-ede,Ewa e Obá. Suas filhas tem temperamento quente, mas são dóceis, justiceiras e defendem seus princípios até o fim, nem que tenham que discutir calorosamente em algumas situações...rsrsrsr
Beijos, força e fé sempre!!!