sexta-feira, 17 de julho de 2015

A Estrela

Bom dia! :-)

Todos tenham calma, ok? Vocês estão enxergando bem, muito bem! Ela veio de novo e veio com Vênus, não satisfeita em ter a companhia de Júpiter ontem. Eu pulando no fundo da sala, com a mão levantada: "aqui! Eu! Eeeeu!" Sim, fui eu que chamei a Estrela. Não de forma consciente, é fato, mas com meu coração, certamente.

A energia dela já estava vibrando desde ontem e por isso não é de se estranhar que eu tenha passado o início da noite envolvida com uma instalação que vou fazer para expor na celebração do Dia Fora do Tempo. O povo do Calendário Maia diz: tempo é arte. E o tarot diz: arte é Estrela.

Foi ontem também que eu percebi que venho passando por um processo que já conheço e que chamei de "despoetização das palavras". A primeira vez em que fui acometida por este mal foi nos tempos de faculdade. Aquele texto padrão jornalístico matou de forma cruel e lenta a minha sensibilidade. Desde que me entendo por gente e fui alfabetizada eu escrevo. Antes mesmo de ser alfabetizada, enquanto as crianças queriam aprender a ler, eu rabiscava um monte de coisas e mostrava pra minha mãe o que tinha escrito, ia lendo, linha por linha... E o engraçado é que quando ela me perguntava de novo, eu lia a mesma coisa...rs Sempre escrevi com o coração, sempre gostei de brincar com a fonética, os sons. Escrevia "poesices" (porque poesia tem regra e eu era uma criatura rebelde), contos, crônicas, escrevia qualquer coisa, a qualquer hora, porque estava viva e respirando.

Em alguns outros momentos da minha vida, senti que perdi a capacidade de escrever sem julgamento e crítica, sem racionalizar demais, usando só o coração e as letras. E há algum tempo eu andava assim, não sem razão, ok... Minha vida de um ano e pouco pra cá exigiu um olhar frio e objetivo para resolver problemas e superar desafios. Tarefa dada, tarefa cumprida. Mas, de repente a vida pode ser surpreendente, de verdade.

Ando sentindo coisas que só consigo entender se colocar pra fora através de palavras. Nada com a pretensão de fazer sentido para os outros, nada com a intenção de ser rotulada ou chamada de algo em especial. São palavras soltas, memórias afetivas, percepções oníricas. E peço para que prestem atenção porque tudo, absolutamente tudo, que estou escrevendo tem conexão direta e profunda com a Estrela, inclusive o "oníricas"...rs

A Estrela é o que há de mais belo em nós, em volta de nós e naquilo que nem ao menos podemos ver. Mas a Estrela também é o que vemos e admiramos por sua beleza. Ela é a pureza, a inocência e a confiança do que vem. É a Estrela que nos faz sorrir sem razão, contemplar o céu e questionar o que estamos fazendo aqui, ela é o poeta, a poesia e até mesmo a poesice! Ela é a criança que grita para vir pra fora brincar.

Ela é como estou me sentindo neste momento em que escrevo. Ela é a lágrima que vai rolar daqui a pouco pelo meu rosto e o sentimento de infinita gratidão pela vida, por estar viva, por ser vida. Ela é incompreensível, mas sabe que "meu Deus é mais", porque ela é esotérica, é exótica, é ilógica e ainda assim queremos essa moça perto de nós. Outro dia, fui questionada sobre coisas que têm razão e coisa que têm lógica. Eu ando achando que algumas coisas não têm razão nem lógica, graças a Deus! rs Até porque o que tem razão e lógica pode ser mensurado, e se não tem pode ser infinito.

Poderia passar horas e horas escrevendo nesta linguagem da Estrela aqui, mas o sono está dominando o meu ser. O trabalho em excesso dos últimos dias anda marcando presença. Mas deixo uma poesice pra vocês (estava aqui, escrevinhando bobagens antes de começar a postagem) e deixo uma poesia de verdade (esta sim!) em forma de música, uma das minhas preferidas... Talvez a preferida, que expressa exatamente a mensagem que a Estrela em um dia de Vênus tem para nos dizer.

Ótima sexta para todos nós!

A imagem veio daqui

Nunca antes

Às vezes acho que a melhor parte de mim
Guardei pra você
Não sei se você sabe, sente ou vê
Não são as palavras bem articuladas
Nem o corpo com suas curvas fechadas
Eu diria mesmo que não são talentos,
Dons, habilidades...
Certamente não são meus bens
E nem a voz afinada
As conspirações são boas, mas insuficientes
A mente arguta, a pegada quente
(Tudo contribui! Mas) não são o melhor de mim
Guardei para você a melhor parte
Aquilo que é inédito, único, que ninguém viu
E, diria mesmo, que ninguém crê
A parte de mim que só existe com você









4 comentários:


  1. Nasceu (a) estrela...

    Nem precisava da música. Sinto muito, me perdoe, te amo, sou grato.

    ResponderExcluir
  2. Bom diaaaaaaa!
    Eita que a coisa tá é mais linda que nunca aqui neste Via!
    Seus escritos são sempre lindos, mas hoje estão impagáveis!
    Só gratidão por vc, Cacau, pelo Via, pela Vida, pelo infinito! A vida é mto boa boa, cabe a nós decodificar...
    Um xero no coraçao de tds,
    Jeruza

    ResponderExcluir
  3. Ai que linda sua poesice!linda mesmo, já me senti assim, já escrevi tbm!


    ResponderExcluir
  4. Muita Estrela para todos vcs!
    Nós merecemos... <3
    beijos

    ResponderExcluir

O Curso do Destino é um mistério mesmo quando desvelado. É como o amor que se sente, nunca sabemos plenamente o que lhe deu origem. Fazer o próprio destino é estar consciente de seu próprio mistério, tal como agora, Via Tarot.