domingo, 15 de dezembro de 2013

A Força

Bom dia! :-)

Sim, vocês estão enxergando direitinho... É a Força que veio nos brindar com a sua presença novamente. Hoje, me dei ao direito de postar uma imagem que é meio um auto retrato. A mocinha com cabelos revoltos me representa muito bem. :-)

Reparem que as flores vermelhas estão novamente presentes, mas desta vez ao invés de rosas temos algo que mais se parece com hibiscos. Flores e mulheres são quase sinônimos!

Se ontem a Força passou por aqui, falando da importância de se lidar com diplomacia em relação a questões profissionais, hoje a diplomacia permanece (ela é sempre bem-vinda, pelo menos para as criaturas com Libra forte no mapa, como eu) mas o foco de análise é mais interior, no trabalho sobre si e no processo de autoconhecimento.

Há muitos anos que eu venho tendo esta conversa comigo mesma: o equilíbrio entre a intensidade, o que minha finada e querida avozinha chamava de "personalidade forte", e a harmonia, a capacidade de lidar com o gênio, especialmente no relacionamento com os outros. Eu consegui superar muitos desafios... Se aos 7 anos eu queria resolver tudo no grito, na marra, se aos 17 eu ainda me sentia a justiceira das galáxias, aos 27 eu ainda perdia o centro vez por outra... aos 37 isso foi acontecendo cada vez menos. Ok... No entanto, a sabedoria que os anos nos trazem foram me mostrando que para chegarmos ao ponto de equilíbrio, normalmente, vamos de um extremo ao outro. Então, percebi que saí de um extremo de independência, individualidade, gênio brabo, para um outro extremo de buscar sempre a conciliação, de calar em momentos que ninguém seria capaz de calar, e de até mesmo levar certos desafios ao limite (ou além dele), resultando em consequências não muito saudáveis para o corpo e para a alma.

A Força possui uma energia que pede o equilíbrio interior para que ela possa se manifestar fora, para que ela se manifeste como força real, concreta, para resolver questões de ordem prática. Equilíbrio é o caminho, sim. O caminho do meio, como já dizia Buda... Mas então não é possível calar sempre, aceitar sempre, se subjugar sempre. Não. Isso também é desequilíbrio.

Nos dias de hoje, ouvimos com frequência as pessoas falarem de autoestima e afirmarem que para que os outros nos amem precisamos nos amar, em primeiro lugar. Certo. Mas isso, assim, parece muito abstrato, pouco palpável em termos de atitude prática. A questão é: se nós sempre aceitamos, calamos, aceitamos as posturas dos outros, entendendo que temos a obrigação de sermos pacíficos, compreensivos, pacientes, generosos... chega um momento em que os outros começam a achar que isso é o normal, é a nossa obrigação e temos que continuar agindo assim, sem reagir.

A Força vem aqui hoje mostrar pra gente que a forma como nós agimos é nossa responsabilidade. E se aceitamos coisas inaceitáveis, novas situações inaceitáveis surgirão. E se não expressarmos o que queremos, então prevalecerá sempre o que os outros querem. Temos uma obrigação com a nossa própria essência espiritual de criar limites: o limite do que achamos justo, o limite do que acreditamos que merecemos receber da vida, dos outros, de nós mesmos.

Aceitar uma rotina que não desejamos, aceitar tratamento que não queremos, aceitar posturas alheias que julgamos injustas é uma forma de desrespeitar nosso Eu Divino. Nós não temos a obrigação de aceitar tudo que chega a nós de cabeça baixa e boca fechada. Ao contrário, devemos respeito ao nosso Eu Divino! Devemos respeito à divindade que existe dentro de nós e devemos compreender que se nós não fazemos isso, não serão os outros que farão, sem dúvida!

A Força é a mulher forte, é a mulher que reconhece em si o poder, mas age com brandura, com delicadeza, não impõe a sua forma de ser aos outros, mas espera ser respeitada, valorizada, nada menos que isso. E uma coisa muito importante a ser observada é: se você vê a divindade dentro de si, você consegue ver a divindade no outro. Se o outro não consegue ver a sua divindade, existe algo estranho acontecendo "lá dentro". Não devemos ter a ilusão de mostrar ao outro o que ele não consegue enxergar... Mas também não precisamos nos subjugar a sua cegueira.

Percebem como tudo que estou escrevendo pode ser analisado com muita tranquilidade? Sem conflitos, brigas, stress? Chegar a esse ponto, como disse a minha amiga Maryssol, demanda trabalho, anos e anos de trabalho interior. Eu me sinto uma vitoriosa! Olho para trás e vejo que há 10 anos o que seria capaz de me gerar taquicardia, desequilíbrio, hoje me causa uma leve tristeza e muita reflexão... Mas meu coração bate no mesmo compasso, minha mente permanece clara e equilibrada e minha alma, esta sim, possui uma leveza muito grande... De quem tem a certeza de que aprendeu, e muito, com a vida e que não precisa mais fazer drama, basta agir, basta fazer o que quer com o bom senso que os anos foram capazes de construir.

Um ótimo domingo de Força para todos nós! :-)

A imagem veio daqui

8 comentários:

  1. Claudinha, obrigada por auxiliar com pensamentos tão brilhantes e claros sobre questionamentos que, ao menos para mim, sempre foram recorrentes. :)
    Beijos, bom domingo!
    Ju

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  2. Bom dia Cacau, mais uma vez obrigada, esse post hoje, é mesmo a minha cara, mas eu ainda tou aprendendo, e como hoje é meu aniversário, ficou mesmo bem!! :-) Bjs lili

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  3. Boa tarde, Via!

    Querida Claudinha, deliciosa sintonia mais uma vez.

    Destaco uma parte que achei muito especial, certeira:

    "E uma coisa muito importante a ser observada é: se você vê a divindade dentro de si, você consegue ver a divindade no outro. Se o outro não consegue ver a sua divindade, existe algo estranho acontecendo "lá dentro". Não devemos ter a ilusão de mostrar ao outro o que ele não consegue enxergar... Mas também não precisamos nos subjugar a sua cegueira."

    É isso afinal. Costumo sempre fazer a minha parte, até o fim. Não gosto de brigar, porque entendo que cada um faz a sua parte, do jeito que dá conta, com a bagagem que tem. E não somos nós que vamos ensinar ao outro. Cada um aprende no seu tempo. Por isso converso, pergunto, expresso sempre o que não gostei. E aguardo a manifestação do outro lado. Se a outra pessoa desconsidera o que sinto, nada posso fazer para mudar isso. Mas posso me retirar dessa energia. E isso é respeitar a mim mesma, sem necessidade de brigar. Se não há compreensão, não há mais sintonia. Vou embora simplesmente. Claro que fico triste, mas continuar (aí sim!) seria cavar com as próprias mãos mais motivos para ficar triste, já que a outra parte provou com a atitude "mais ou menos" que a relação (seja ela de que tipo for; amizade ou romance) não é importante para ela como é para você. A conclusão a que chego é que a vida sempre dá um jeitinho de mostrar o que não compactua mais com a nossa energia. É como tomar um escorregão e cair na lama. Depois disso temos duas opções: lavar o corpo, a alma e as roupas e seguir em frente, ou chafurdar nessa lama. A escolha é responsabilidade nossa.

    Amei a Força por aqui outra vez. E, hoje sim, bem mais nossa em dia de Sol. Abençoada seja! :)

    Beijos,
    Lilian

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  4. Este meu fim de semana está marcado por questões pessoais e familiares.
    Com o trânsito Saturno sextil Lua, um dos efeitos é a importância que passam a ter as questões familiares, principalmente as que disserem respeito aos pais.
    E diz "o autocontrole concedido por este trânsito garantirá que sua interação com a família seja construtiva."
    Como fazer ver os pais que o desapego material, permite avançar e desbloquear situações futuras. Que ao envelhecerem, é muito importante a proximidade da família. Como fazer ver que uma casa deu para crescer uma família, mas hoje em dia é obsoleto mantâ-la, talvez sirva para outros criarem a sua própria família. O medo e o apego material são grilhões...

    Tudo me soa a esta Força do Via de hoje.
    Que a Força esteja connosco!
    K_line

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  5. Boa tarde! :-)

    Ju, o maior desafio da mulher é expressar a sua força da forma feminina e não como reprodução da força masculina que se tornou um padrão em nossa civilização. ;-)

    Lili, parabéns! Que a Força seja sua guia neste ano novo pessoal que se inicia.

    Lilian, creio que o maior desafio em um relacionamento, seja de que tipo for, é lidar com as diferenças, a forma como cada um pensa, sente, age... Eu sempre quis acreditar que o amor é o bastante, mas, infelizmente, não é. Cada pessoa expressa o amor de um jeito (ou simplesmente não expressa) e a vida vem me mostrando que homens e mulheres costumam expressar amor de formas muito diferentes. Por isso a brincadeira que eu faço sempre, dizendo que a grande ironia da Divindade foi fazer com que houvesse paixão entre eles. Tem horas em que a impressão que se tem é de que essa é uma relação impossível! rs Não basta amor... Tem que haver um movimento na direção do outro, de tentar enxergar as coisas como o outro enxerga, sentir como ele sente. E isso é tarefa árdua. Acho que as mulheres ainda conseguem se sair melhor nisso, apesar de não ser uma regra geral e absoluta. Mas vamos seguindo... ;-)

    beijos

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  6. Oi, esse comentário aí de "lilith", podem tirar o "th" que eu poderia ter escrito isso tudo aí tambem, acho que isso foi sintonia!!!!

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  7. Achei interessante as questões que você levantou: sobre amarmos os outros (tentando resolver as coisas na tranquilidade) mas sem negligenciar nosso Eu interior, quando a situação for difícil de suportar. Eu busco muito o equilíbrio entre essas 2 coisas (não é fácil!) talvez por ser libriana. Penso muito no bem-estar dos outros, e se reclamo de algo, brigo, até me sinto mal depois (mesmo quando necessário) porque queria que tudo fosse uma harmonia... rs. Ano passado, o arcano que mais veio pra mim foi A Força. Sério, vinha muito. Por que será?

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O Curso do Destino é um mistério mesmo quando desvelado. É como o amor que se sente, nunca sabemos plenamente o que lhe deu origem. Fazer o próprio destino é estar consciente de seu próprio mistério, tal como agora, Via Tarot.