Bom dia, pessoas queridas! :-)
Hoje, resolvi dar asas à imaginação, olhando para esta imagem inspiradora, uma versão de saias do velho Prometeu, herói que ousou roubar o fogo dos deuses, na Grécia antiga, imaginando todo o significado de roubar o fogo que anima a vida...
Em uma sexta-feira de amorzinho, roubemos o fogo sagrado e tenhamos a consciência da importância deste ato revolucionário (ou não? rs) Este fogo pode ser, na verdade, um resgate da centelha que há em cada um. Ou seja, a descoberta que somos iguais aos deuses, temos em nós o poder deles ainda não realizado.
As mais antigas tradições mostram que através da conexão entre homem e mulher, do amor e da sua expressão física (a relação sexual), entramos em contato com a Divindade e descobrimos os deuses que existem em nós. Descobrimos nosso incrível poder de criação. E isso tem tudo a ver com a influência venusiana do dia de hoje.
Feita a devida introdução, se me permitem, vou recuar um pouco e ficar de espectadora, transcrevendo um texto que encontrei - pasmem! - na wikipedia e que achei muito bom! Ele vai falar sobre um outro aspecto de Prometeu e, ao lerem até o fim, entenderão esta enigmática conexão entre: Prometeu - Tricksters - Integração Anima/Animus... Parece complexo? Nem tanto...
"Na mitologia, e no estudo do folclore e religião, um trickster é um deus, deusa, espírito, homem, mulher, ou animal antropomórfico que prega peças ou fora isso desobedece regras normais e normas de comportamento. Enquanto o malandro cruza várias tradições culturais, há diferenças significantes entre malandros nas tradições de muitos povos indígenas e aqueles na tradição euroamericana.
A divindade trickster quebra as regras dos deuses ou da natureza, às vezes mal-intencionada (por exemplo, Loki), mas, normalmente, ainda que involuntariamente, em última análise, com efeitos positivos. Frequentemente, a quebra das regras toma a forma de um "truque" (daí o termo, "trickster", que significa "pregador de peças").
O Trickster pode ser astuto ou tolo, ou ambos. Frequentemente são engraçados e cômicos, mesmo quando considerados sagrados. Um exemplo é o Heyoka sagrado, cujo papel é lançar truques e jogos e, por isso, aumenta a consciência e atua como um equilibrador. Em muitas culturas, (como podemos obsevar na grega, na norueguesa ou em contos eslavos) o trickster e o herói civilizador são frequentemente combinados. Como exemplo: Prometeu é um herói cultural pois roubou o fogo dos deuses e entregou ao homem, dando origem à civilização, no entanto, não é um herói trickster ou trapaceiro típico.
Em muitas das mitologias dos povos nativos norte-americanos, as Primeiras Nações, o coiote (Sudoeste dos Estados Unidos) ou Corvo (Litoral nordeste do pacífico, Columbia Britânica, Alasca e extremo oriente russo) roubou o fogo dos deuses (estrelas, lua, e / ou sol) e são mais Malandros (tricksters) do que heróicos. Isto é principalmente devido a outras histórias que envolvem esses espíritos: Prometeu era um Titã, enquanto o Coyote e Corvo são geralmente vistos como palhaços e brincalhões. Exemplos de Malandros (tricksters) nas mitologias do mundo são dadas por Hansen (2001), que lista: Mercúrio na mitologia romana, Hermes na mitologia grega, Exu na mitologia iorubá e Wakdjunga na mitologia Winnebago. Mircea Eliade mostra que o Malandro, por sua característica de burlar os limites, é frequentemente andrógino (masculino e feminino ao mesmo tempo - o que não se equivale a homossexualismo), como o Shiva indiano.
Freqüentemente a figura do Trickster pode mudar de gênero e de forma, alterando seu papel sexual. Nas mitologias dos Povos Nativos Americanos, ou Primeiras Nações, chega mesmo a engravidar, onde se diz ter uma dupla natureza espiritual. Para Jung, tal simbolismo se refere à hamonização psiquica de Animus e Anima (imagens internas da Psique para Masculino e Feminino), dinâmica importante no processo de individuação. Loki, o trickster nórdico, também troca de sexo. Curiosamente, ele compartilha a capacidade de alterar os sexos com Odin, o deus nórdico que preside ao panteão, que também possui muitas características Tricksters (Malandro). No caso da gravidez de Loki, ele foi obrigado pelos deuses a parar um gigante, ele resolveu o problema ao se transformar em uma égua e atrair o cavalo mágico do gigante para longe. Voltou algum tempo depois com uma criança que tinha dado à luz, o cavalo de oito patas Sleipnir, que serviu como montaria a Odin.
Em algumas culturas, podemos encontrar os mitos da dualidade, como dois demiurgos que criam o mundo, ou dois heróis civilizadores - de modo complementar. Cosmologias dualistas estão presentes em todos os continentes habitados e mostram uma grande diversidade: podem apresentar dois heróis culturais, mas também demiurgos (exemplificando um mito da criação dualista, neste último caso), ou outros seres, os dois heróis podem competir ou colaborar, podendo ser concebidos como neutros ou contrapostos como "bem contra o mal", seja da mesma importância ou distinguidos "como poderoso versus fraco"; podem ser irmãos (mesmo gêmeos) ou não. Entre os Romanos, o exemplo é o mito de Cástor e Pólux. Entre os Nagõ-Iorubá, Exu é uma figura tipicamente Trikster. Sua mitolgia está na raiz da figura do Malandro carioca, com sua navalha, lenço de seda e seu terno branco. Exu é frequentemente considerado andrógino. A dualidade também se apresenta como uma espécie e "ambiguidade" que lhe é característica. Em uma narrativa, no qual é figurado como uma criança travessa, Exu veste um chapéu metade azul e metade vermelho. Ao passar entre dois agriculores, um pergunta ao outro "você viu aquele menino de chapéu vermelho", ao que o outro responde "não, eu vi um menino de chapéu azul" - e ambos começam a brigar enquanto Exu se diverte. Exu é o orixá mensageiro, ligando homens e deuses. É o transportador do axé (energia) e mobilizador de tudo que existe. Enquanto movimento, é a própria vida e a dinâmica do mundo, sobretudo relacionado ao imprevisto e ao acidente (daí a ginga, o improviso e o drible, característicos das expressões afro-brasileiras. Na cultura de massa de origem norte-americana, são expressões do Trickster: o Perna Longa, o Pica Pau e O Máscara."
A divindade trickster quebra as regras dos deuses ou da natureza, às vezes mal-intencionada (por exemplo, Loki), mas, normalmente, ainda que involuntariamente, em última análise, com efeitos positivos. Frequentemente, a quebra das regras toma a forma de um "truque" (daí o termo, "trickster", que significa "pregador de peças").
O Trickster pode ser astuto ou tolo, ou ambos. Frequentemente são engraçados e cômicos, mesmo quando considerados sagrados. Um exemplo é o Heyoka sagrado, cujo papel é lançar truques e jogos e, por isso, aumenta a consciência e atua como um equilibrador. Em muitas culturas, (como podemos obsevar na grega, na norueguesa ou em contos eslavos) o trickster e o herói civilizador são frequentemente combinados. Como exemplo: Prometeu é um herói cultural pois roubou o fogo dos deuses e entregou ao homem, dando origem à civilização, no entanto, não é um herói trickster ou trapaceiro típico.
Em muitas das mitologias dos povos nativos norte-americanos, as Primeiras Nações, o coiote (Sudoeste dos Estados Unidos) ou Corvo (Litoral nordeste do pacífico, Columbia Britânica, Alasca e extremo oriente russo) roubou o fogo dos deuses (estrelas, lua, e / ou sol) e são mais Malandros (tricksters) do que heróicos. Isto é principalmente devido a outras histórias que envolvem esses espíritos: Prometeu era um Titã, enquanto o Coyote e Corvo são geralmente vistos como palhaços e brincalhões. Exemplos de Malandros (tricksters) nas mitologias do mundo são dadas por Hansen (2001), que lista: Mercúrio na mitologia romana, Hermes na mitologia grega, Exu na mitologia iorubá e Wakdjunga na mitologia Winnebago. Mircea Eliade mostra que o Malandro, por sua característica de burlar os limites, é frequentemente andrógino (masculino e feminino ao mesmo tempo - o que não se equivale a homossexualismo), como o Shiva indiano.
Freqüentemente a figura do Trickster pode mudar de gênero e de forma, alterando seu papel sexual. Nas mitologias dos Povos Nativos Americanos, ou Primeiras Nações, chega mesmo a engravidar, onde se diz ter uma dupla natureza espiritual. Para Jung, tal simbolismo se refere à hamonização psiquica de Animus e Anima (imagens internas da Psique para Masculino e Feminino), dinâmica importante no processo de individuação. Loki, o trickster nórdico, também troca de sexo. Curiosamente, ele compartilha a capacidade de alterar os sexos com Odin, o deus nórdico que preside ao panteão, que também possui muitas características Tricksters (Malandro). No caso da gravidez de Loki, ele foi obrigado pelos deuses a parar um gigante, ele resolveu o problema ao se transformar em uma égua e atrair o cavalo mágico do gigante para longe. Voltou algum tempo depois com uma criança que tinha dado à luz, o cavalo de oito patas Sleipnir, que serviu como montaria a Odin.
Em algumas culturas, podemos encontrar os mitos da dualidade, como dois demiurgos que criam o mundo, ou dois heróis civilizadores - de modo complementar. Cosmologias dualistas estão presentes em todos os continentes habitados e mostram uma grande diversidade: podem apresentar dois heróis culturais, mas também demiurgos (exemplificando um mito da criação dualista, neste último caso), ou outros seres, os dois heróis podem competir ou colaborar, podendo ser concebidos como neutros ou contrapostos como "bem contra o mal", seja da mesma importância ou distinguidos "como poderoso versus fraco"; podem ser irmãos (mesmo gêmeos) ou não. Entre os Romanos, o exemplo é o mito de Cástor e Pólux. Entre os Nagõ-Iorubá, Exu é uma figura tipicamente Trikster. Sua mitolgia está na raiz da figura do Malandro carioca, com sua navalha, lenço de seda e seu terno branco. Exu é frequentemente considerado andrógino. A dualidade também se apresenta como uma espécie e "ambiguidade" que lhe é característica. Em uma narrativa, no qual é figurado como uma criança travessa, Exu veste um chapéu metade azul e metade vermelho. Ao passar entre dois agriculores, um pergunta ao outro "você viu aquele menino de chapéu vermelho", ao que o outro responde "não, eu vi um menino de chapéu azul" - e ambos começam a brigar enquanto Exu se diverte. Exu é o orixá mensageiro, ligando homens e deuses. É o transportador do axé (energia) e mobilizador de tudo que existe. Enquanto movimento, é a própria vida e a dinâmica do mundo, sobretudo relacionado ao imprevisto e ao acidente (daí a ginga, o improviso e o drible, característicos das expressões afro-brasileiras. Na cultura de massa de origem norte-americana, são expressões do Trickster: o Perna Longa, o Pica Pau e O Máscara."
Fonte: Wikipédia
A imagem veio daqui
Ah Cacau, adoro seus textos, mas você não imagina o quanto esse foi especial pra mim!
ResponderExcluirE já que você falou em Wikipédia, também vou citar "fontes alternativas", digamos assim rsrsrs tem um episódio do seriado Sobrenatural que gira em torno de um trickster...de alguma coisa me serviu esse seriado, já que eu nem gostava muito.
Grato!
Coincidêcia boa. Otem usei um baralho do tarô mitológico e tirei um enforcado. Dado uma olhada o livrinho, vi que o persoagem escolhido para esse arcao é Prometeu.
ResponderExcluirHoje veio a Morte. Espero que a interação com esse 6 de paus seja muito proveitosa.
Bom dia!
Boa noite, pessoas queridas! :-)
ResponderExcluirPassadinha rápida só pra agradecer a visita de vcs... Estou em fase de preparativos para a Confraria... Cheia de surpresas!
beijo!