terça-feira, 12 de março de 2013

3 de Copas

Bom dia! :-)

Creio que o 3 de Copas seja um Arcano bem Estrela dentre os Menores... O clima de alegria, celebração, prazer está presente aqui também. E nós adoramos, claro!

Como hoje é terça-feira, podemos deslocar esta energia intensa marciana para um departamento bem mais interessante do que o das brigas e disputas.

Por favor, me acompanhem...rs

A energia de Marte pode se expressar de diversas formas: é o impulso, a decisão, a força, a guerra, a agressividade e... o sexo! ;-)

Então, apesar de focarmos a análise de terça-feira, de um modo geral, em questões de decisões e embates, não dá pra não pensar em sexualidade quando juntamos Marte e 3 de Copas.

Quer dizer que os eventos de hoje ficarão girando somente em torno disso? Claro que não! Como todos vocês já sabem, existem mil nuances e variações quando analisamos uma carta de tarot. Mas podemos colocar o tema na roda, sim... Como algo que venha à tona ou de alguma forma se manifeste.

Bem, o tema para reflexão fala de mais um outro aspecto que tem muito a ver com a junção dessas duas energias. Ele diz assim: a vitória de uma batalha é mais prazerosa quando nem ao menos precisamos lutar. Sim, dentro desta mesma linha temos a história do guerreiro que não precisa desembainhar a espada. Ou seja, há uma sabedoria sutil percorrendo a egrégora do Via, aliás, associada à Estrela que saiu ontem, que não está muito para briga e prefere vencer através das boas vibrações.

Tudo isso me lembrou um mito de Oxum, orixá associado à carta da Estrela, que rege este ciclo. E este será o presentinho pra vocês no dia de hoje. Degustem!

"Perante Obatalá, Ogum havia condenado a si mesmo a trabalhar duro na forja para sempre. Mas ele estava cansado da cidade e da sua profissão. Queria voltar a viver na floresta, voltar a ser o livre caçador que fora antes. Ogum achava-se muito poderoso, sentia que nenhum orixá poderia obrigá-lo a fazer oque não quisesse. Ogum estava cansado do trabalho de ferreiro e partiu para a floresta, abandonando tudo. Logo que os Orixás souberam da fuga de Ogum, foram ao seu encalço para convencê-lo a voltar a cidade e à forja, pois ninguém podia ficar sem os artigos de ferro de ogum, as armas, os utensílios, as ferramentas agrícolas. Mas Ogum não ouvia ninguém, queria ficar no mato.

Simplesmente os enxotava da floresta com violência. Todos foram lá, menos Xangô. E como estava previsto, sem os ferros de Ogum, O mundo começou a ir mal. Sem os instrumentos para plantar, as colheitas escasseavam e a humanidade já passava fome.

Foi quando uma bela e frágil jovem veio à assembléia dos Orixás e ofereceu-se a convencer Ogum a voltar à forja. Era Oxum a bela e jovem voluntária. Os outros Orixás escarneceram dela, tão jovem, tão bela, tão frágil. Ela seria escorraçada por Ogum e até temiam por ela, pois Ogum era violento, poderia machucá-la, até matá-la. Mas Oxum insistiu, disse que tinha poderes de que os demais nem suspeitavam. Obatalá, que tudo escuta mudo, levantou a mão e impôs o silêncio. Oxum o convencera, ela podia ir à floresta e tentar.

Assim, Oxum entrou no mato e se aproximou do sítio onde Ogum costumava acampar. Usava ela tão-somente cinco lenços trasparentes presos à cintura em laços, como esvoaçante saia. Os cabelos soltos, os pés descalços, Oxum dançava como o vento e seu corpo desprendia um perfume arrebatador. Ogum foi imediatamente atraído, irremediavelmente conquistado pela visão maravilhosa, mas se manteve distante. Ficou a espreita atrás dos arbustos, absorto. De lá admirava Oxum embevecido. Oxum o via, mas fazia de conta que não O tempo todo ela dançava e se aproximava dele mas fingia sempre que não dera por sua presença. A dança e o vento faziam flutuar os cinco lenços na cintura, deixando ver por segundos a carne irresistível de Oxum. Ela dançava, o enlouquecia. Dele se aproximava e com seus dedos sedutores lambuzava de mel nos lábios de Ogum.

Ele estava como que em transe. E ela o atraía para si e ia caminhando pela mata, sutilmente tomando a direção da cidade. Mais dança, mais mel, mais sedução, Ogum não se dava conta do estratagema da dançarina. Ela ia na frente, ele acompanhava inebriado, louco de tesão. Quando Ogum se deu conta, eis que se encontravam ambos na praça da cidade. Os Orixás todos estavam lá e aclamavam o casal em sua dança de amor. Ogum estava na cidade, Ogum voltara! Temendo ser tomado com fraco, enganado pela sedução de uma mulher bonita, Ogum deu a entender que voltara por gosto e vontade própria. E nunca mais abandonaria a cidade. E nunca mais abandonaria sua forja. E os Orixás aplaudiam e aplaudiam a dança de Oxum. Ogum voltou à forja e os homens voltaram a usar seus utensílios e houve plantações e colheitas e a fartura baniu a fome espantou a morte. Oxum salvara a humanidade com sua dança do amor." (fonte)

Como eu costumo dizer, não duvidem do poder de Oxum... E de suas filhas também! ;-)

A imagem veio daqui

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O Curso do Destino é um mistério mesmo quando desvelado. É como o amor que se sente, nunca sabemos plenamente o que lhe deu origem. Fazer o próprio destino é estar consciente de seu próprio mistério, tal como agora, Via Tarot.