Bom dia! :-)
O tema para meditação de hoje é: "Quem é o meu adversário?"
Esta pergunta parece simples, mas é bastante complexa! E com um 5 de Paus somos convidados a refletir sobre isso.
Há tempos que falamos aqui no Via Tarot que existe algo chamado de "mente do predador", que está presente dentro de nós e costuma nos colocar sempre em desequilíbrio, seja nos sabotando em relação ao nosso poder pessoal, colocando medo em situações que poderiam ser administradas com tranqulidade, ou vibrando a raiva, a inveja e a desconfiança em relação a outras pessoas.
Dentro dessa abordagem, o adversário está dentro de nós. E é fundamental que não estejamos identificados com ele, já que, apesar de estar em nós, não faz parte da nossa essência. A prova disso, como costumo dizer, é que ele se refere a nós na terceira pessoa: "você tem certeza que isso vai dar certo?" "não faça isso, pode ser perigoso!" "e se ele estiver te enganando?" Essas são frases que todos já ouvimos ecoar dentro da nossa cabeça. E se não é isso que desejamos para nossa vida, quem está falando?
No entanto, existe um outro tipo de adversário, é o adversário externo. Algumas correntes filosóficas dizem que a inocência nos protege. Já dizia a música dos Titãs "o acaso vai me proteger, enquanto eu andar distraído". Já outras linhas de pensamento nos alertam para que estejamos sempre atentos ao que nos cerca, para que possamos desenvolver a melhor estratégia de combate.
A energia do 5 de Paus é extremamente competitiva. Ela costuma nos alertar para embates, disputas de força, e cabe a nós saber a melhor maneira de lidar com isso. Como estamos em uma segunda-feira, sob regência da Lua, quando analisamos a magia e a espiritualidade, podemos pensar em adversários espirituais ou mágicos. Para isso, devemos ter uma visão bem clara das coisas...
Existem pessoas que acreditam ser perseguidas por magias e feitiços. Costumo alertar para isso, durante consultas, para que a pessoa não se torne uma prisioneira do temor. Uma amiga costuma chamar isso de "angústia persecutória", uma forma mais chic de chamar a mania de perseguição...rs Nesse processo mental, muitas vezes, existe muito mais um medo interior de ser atacado, misturado com a vibração de uma energia negativa constante, que acaba atraindo, de fato, situações práticas negativas.
Quem está envolvido com magia e espiritualidade acaba lidando mais de perto com situações de ataques mágicos, mas é preciso separar bem as coisas. Eu, nos meus bem vividos anos de vida, apesar de ter enfrentado esse tipo de embate muitas vezes, tive como foco de ataque não mais que três ou quatro pessoas. Ou seja, são sempre as mesmas criaturas que na impossibilidade de fazer algo de bom para si, resolvem fazer o mal para os outros. Mas isso é, realmente, uma minoria. De resto, somos nós mesmos que atraímos situações negativas devido à mente do predador inquieta e ativa.
Para concluir a postagem de hoje, deixo para vocês um conto zen muito tradicional e sábio, que nos orienta em como lidar com esse tipo de situação:
O Samurai Idoso
Perto de Tóquio vivia um grande samurai, já idoso, que adorava ensinar sua filosofia para os jovens. Apesar de sua idade, corria a lenda que ele ainda era capaz de derrotar qualquer adversário.
Certa tarde, um guerreiro conhecido por sua total falta de escrúpulos apareceu por ali. Era famoso por utilizar a técnica da provocação: esperava que seu adversário fizesse o primeiro movimento e, dotado de uma inteligência privilegiada para reparar os erros cometidos contra-atacava com velocidade fulminante.
O jovem e impaciente guerreiro jamais havia perdido uma luta. E, conhecendo a reputação do velho samurai, estava ali para derrotá-lo, aumentando sua fama de vencedor.
Todos os estudantes manifestaram-se contra a idéia, mas o velho aceitou o desafio. Foram todos para a praça da cidade, e o jovem começou a insultar o velho mestre. Chutou algumas pedras em sua direção, cuspiu em seu rosto, gritou todos os insultos conhecidos - ofendeu inclusive seus ancestrais.
Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o velho mestre permaneceu impassível. No final da tarde, sentindo-se já exausto e humilhado, o impetuoso guerreiro retirou-se.
Desapontados pelo fato do mestre ter aceito tantos insultos e provocações, os alunos perguntaram: Como o senhor pode suportar tanta indignidade ? Por que não usou sua espada, mesmo sabendo que podia perder a luta, ao invés de mostrar-se covarde diante de todos nós?
- Se alguém chega até você com um presente, e você não o aceita, a quem pertence o presente? - perguntou o velho samurai.
- A quem tentou entregá-lo - respondeu um dos discípulos.
- O mesmo vale para a inveja, a raiva, e os insultos - disse o mestre - Quando não são aceitos, continuam pertencendo a quem os carrega consigo.
Perto de Tóquio vivia um grande samurai, já idoso, que adorava ensinar sua filosofia para os jovens. Apesar de sua idade, corria a lenda que ele ainda era capaz de derrotar qualquer adversário.
Certa tarde, um guerreiro conhecido por sua total falta de escrúpulos apareceu por ali. Era famoso por utilizar a técnica da provocação: esperava que seu adversário fizesse o primeiro movimento e, dotado de uma inteligência privilegiada para reparar os erros cometidos contra-atacava com velocidade fulminante.
O jovem e impaciente guerreiro jamais havia perdido uma luta. E, conhecendo a reputação do velho samurai, estava ali para derrotá-lo, aumentando sua fama de vencedor.
Todos os estudantes manifestaram-se contra a idéia, mas o velho aceitou o desafio. Foram todos para a praça da cidade, e o jovem começou a insultar o velho mestre. Chutou algumas pedras em sua direção, cuspiu em seu rosto, gritou todos os insultos conhecidos - ofendeu inclusive seus ancestrais.
Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o velho mestre permaneceu impassível. No final da tarde, sentindo-se já exausto e humilhado, o impetuoso guerreiro retirou-se.
Desapontados pelo fato do mestre ter aceito tantos insultos e provocações, os alunos perguntaram: Como o senhor pode suportar tanta indignidade ? Por que não usou sua espada, mesmo sabendo que podia perder a luta, ao invés de mostrar-se covarde diante de todos nós?
- Se alguém chega até você com um presente, e você não o aceita, a quem pertence o presente? - perguntou o velho samurai.
- A quem tentou entregá-lo - respondeu um dos discípulos.
- O mesmo vale para a inveja, a raiva, e os insultos - disse o mestre - Quando não são aceitos, continuam pertencendo a quem os carrega consigo.
Ótima segunda feira para todos nós!
A imagem veio daqui
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O Curso do Destino é um mistério mesmo quando desvelado. É como o amor que se sente, nunca sabemos plenamente o que lhe deu origem. Fazer o próprio destino é estar consciente de seu próprio mistério, tal como agora, Via Tarot.